XXVII - Ah, mas vocês vão...

2.3K 248 55
                                    

Oi, bebês. Vocês podiam tá lendo e me distraindo de uma crise de ansiedade com seus comentários? Lembrem de votar também. Obrigada. De nada.

TT: @umamabs

____________________________________________

POV Gizelly

Nada do que eu tinha passado nos últimos dias tinha me abalado tanto quanto ter que ficar longe de Rafaella, ter ela dormindo tranquilamente ao meu lado era a coisa mais reconfortante que eu poderia desejar. Eu tinha acabado de acordar e meu braço envolveu a sua cintura, encaixando nossos corpos e aninhando meu rosto entre os seus cabelos. Meu cheiro preferido em todo o mundo, eu não conseguiria pensar em nada mais gostoso do que estar ali naquele momento. Senti ela se mexer um pouco, só pra se encaixar contra o meu corpo, me deixando mais colada ainda a ela. – Bom dia, linda. – Seu sussurro foi ouvido por mim e eu sabia que tinha um sorriso em seus lábios, não muito diferente dos meus depois de ouvir ela me chamar de amor.

- Bom dia, deusa. – Eu aproveitei que não tínhamos mudado de posição e deixei um beijo suave em seu pescoço, aproveitando pra passar o meu nariz mais uma vez em sua pele e aspirar novamente o seu perfume.

- Precisamos levantar, você precisa se alimentar direito, vamos tomar café. E a Manu deve tá preocupada com a gente.

- Eu mandei mensagem pra ela falando que tava tudo bem. – Ela virou de frente pra mim e me deu um selinho. – Eu não quero levantar, quero ficar aqui com você.

- Você tem que comer direito, precisa alimentar nosso filho. – Não tinha nem 12 horas que ela sabia sobre o bebê e tava mais tranquila do que eu jamais estive em três meses. – O que foi? – Ela perguntou quando me viu olhar pra ela com cara de boba.

- Você não existe. E se eu não disse ainda hoje, falo agora. Eu te amo, Rafaella. Meu Deus, eu te amo tanto que chega a doer. – Meus olhos marejaram e ela sorrio, deixando um selinho em meus lábios em seguida.

- Eu falei que vou cuidar de vocês, meu amor.

- Eu tive tanto medo. – Falei com a voz chorosa e escondendo meu rosto em seu ombro. – Tive muito medo de você não querer ficar.

Ela me abraçou, abraçou forte, como se pra me mostrar que ela estava ali, que não pretendia ir embora. Ela me apertou tanto, que o ar chegou a faltar um pouco. Mas eu não me importava, eu estava no lugar que eu mais amava no mundo.

- Eu não vou a lugar algum, só lá no restaurante pra tomar café. E você também vai. – Ela falou quando afrouxou o abraço e beijou minha cabeça.
- Tá, vamos logo, então. Eu estou faminta. – Finalmente me rendi.

...

POV Manu

Eu estava na área da piscina e tinha pedido que servissem um café da manhã com todas as coisas que as duas gostavam, em parte porque queria mimar a Gi por estar grávida, mas o principal motivo era mimar Rafa, para que ela não tente cometer um homicídio doloso contra o meu lindo e pequeno corpinho.

Elas vieram em minha direção e meus olhos baixaram vi as mãos entrelaçadas e aquilo me fez abrir um sorriso enorme. Eu já havia lido a mensagem em que a Gi me dizia que elas tinham conversado e que estava tudo bem, finalmente, ela tinha falado a verdade e, como eu havia previsto, Rafa só queria que elas tivessem conversado antes. A verdade é que minha amiga era só um coração mole quando se apaixonava e, pelo jeito que estava antes de sumir, eu achava que ela não estava só apaixonada, mas ela amava aquela cabeça oca que estava ao seu lado e amava muito.

Quando levantei os olhos novamente Gi estava com um sorriso estampado no rosto, já Rafa tinha a cara fechada. Elas sentaram na minha frente.

- Bom dia pra vocês. – Eu comecei, mas só tive resposta de uma.

- Bom dia, Tampinha. – Gi falou de forma animada e em seguida eu olhei pra Rafa que mantinha a carranca desde que tinha me visto. – Você dormiu bem? – Ela reparou na mesa logo depois de perguntar. – Quanta coisa gostosa, eu tô me acabando de fome, vou encher o buchinho.

- Eu imaginei que estariam com fome. – Falei com um sorriso em meus lábios. – Tem pão de queijo e café fresquinho, Rafa. Você não vai comer? – Tentei novamente.

Ela se serviu de café e pegou um pão de queijo e eu só esperava que fosse um sinal de que ela estava de boa comigo. Eu sabia que ela ia ficar brava por eu ter falado onde ela estava, mas sabia que ela tinha um motivo bem maior, eu não ter contado pra ela sobre o que estava se passando com a Gi, era o principal. – Amor, avisa pro anão de jardim que eu vou comer porque estou com fome, mas ela não me compra com comida. – Não consegui conter o sorriso, porque pelo jeito que ela estava comendo, talvez eu comprasse sim. Mas também ri por ter ouvido ela chamar a Gi de amor pela primeira vez na minha frente e parece que eu não era a única surpreendida. Gizelly direcionou o olhar pra ela logo depois e ouvir também com um sorriso bobo na cara.

- Você me chamou de amor na frente dela.

- Sim, você é o meu amor. – Um selinho rápido foi roubado e meu sorriso se abriu ainda mais. – Mas o foco da frase não era esse.

- Me respeita, eu sou cria de Girafa. – Eu soltei rápido e as duas me encararam confusas.

- O que? – Gizelly perguntou e Rafa só me olhava intrigada, acho que ela não estava brava de verdade, era só charme.

- Gi e Rafa. Girafa. – Falei apontando de uma pra outra. – O shipp que eu acabei de inventar de vocês.

Rafa finalmente saiu do personagem e caiu em uma gargalhada alta, que fez com que todos olhassem em nossa direção. Ela não conseguia ser discreta quando estava rindo assim.

- Você é maluca, Manoela. – Ela finalmente falou algo além da provocação sobre a comida não comprar as pazes.

- Sou filha de vocês, então, tenho a quem puxar. – Dei de ombros. – Filha, amiga e comadre agora. Tô feliz que tenham se acertado, eu não ia aguentar ver minhas mães sofrendo do jeito que estavam. Me desculpa por não ter falado nada, mas eu não podia obrigar essa aí a falar, única coisa que eu podia fazer era apoiar do jeito que eu conseguia. – Coloquei minha mão sobre a de Rafa que estava em cima da mesa e apertei de leve. Gizelly me olhou e me deu um sorriso cúmplice.

- Eu não devia nem estar falando com você, Manoela. Mas eu não consigo ficar brava sabendo que você cuidou dela quando eu não podia. – Ela apertou minha mão de volta e deu um sorriso de lado, desviando o olhar só pra olhar pra Gi logo depois. – Quem te disse que vamos te chamar pra ser a madrinha?

- Ah, mas vocês vão, nem que eu tenha que te bater, Rafaella. – Dessa vez eu que fiz cara feia e ela riu.

Puzzle - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora