37°

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Lionel





Coloco a lasanha no micro-ondas e espero que ela aqueça e sirva para Seth que me olha com aqueles olhinhos esperando pela comida que a mãe dele preparou. 

Como eu não tenho com quem contar sobre o que me está acontecendo agora, me resta falar com o meu filho. Contei sobre um grande passo que o pai dele conseguiu para conquistar a sua mãe.

Seth apesar de ser tão pequeno ainda, é bastante astuto e com discernimento demasiado para sua idade e entender o que estou lhe contando. Não em detalhes, mas que em breve, eles poderão ficar juntos e que finalmente, ele se sentir que tem uma mãe.

— Já está? — Perguntou.

Em menos de vinte segundos que coloquei o recipiente no micro-ondas para aquecer e peguei pratos no armário, Seth questionada se já está aquecido o suficiente para ele comer.

Cronometrizei em um minuto, e Seth não aguenta esperar. Desde aquele doce que trouxe de Stelany, Seth não consegue esquecer e quando contei que sobre como estava apaixonado por ela e que em breve, ela estará com a gente e será a mãe que Seth merece ter.

O sinal que esperamos ecoo pela cozinha e retiro toda a lasanha e sirvo em dois pratos, pego talheres e guardanapos. Coloco sumo natural que Mónica fez e deixou na geladeira e sirvo também.

— Agora já está aquecido e pode comer. — Aviso colocando o prato a sua frente e Seth não consegue controlar a alegria quando coloca rapidamente a primeira garfada pela boca.

São nove da manhã de domingo. O dia está lindo hoje, tem alguma coisa de diferente nele e estou adorando isso. Quando deixei a casa do meu tio, praticamente vim para a casa dos meus pais e assim poder sequestrar o meu filho deles.

Seth já estava dormindo quando o trouxe para a casa. Estava demasiado cansado e quando acordou, viu que estava na casa dele e não nos avós e foi logo me acordar no meu quarto. Contei da surpresa e agora ele está comendo tão rápido que até fico espantando.

Quando ele termina de comer, respira profundamente e me olha com aqueles olhinhos grandes que ele tem. Seth se parece um pouco com a Stelany, talvez pelos pais biológicos serem da mesma origem cultural ou religiosa.

— A mamã cozinha tão bem. — Disse, ele.

— É a melhor cozinheira que já conheci.

— Quando a mamã vem, pai?

— Já conversamos, filho. O pai precisa conquistar ela primeiro e depois vir para a casa. — Expliquei novamente para o meu filho.

Seth as vezes se parece com uma criança de dez anos, mas tem outras que age como uma da sua idade. Ele é tão pequenino que dá vontade de morder.

— Quanto tempo demora conquistar? — Questiona.

— Não tem um tempo exacto, mas saiba que o pai aqui, já está perto de trazer a sua mãe para a casa.

Seth assente feliz. Talvez eu esteja exagerando dando esperança para o meu filho. Não pude conter a minha felicidade e sem com quem conversar, converso com o meu filho e talvez eu esteja exagerando quanto a isto.

Não devia o colocar nessa situação, desse jeito estou sendo um péssimo pai. E se ela não aceitar ficar comigo até a esse ponto? Estou indo depressa com ela? No primeiro encontro foi ela que me beijou, e eu achando que seriam mais de vinte encontros para poder dar esse passo, mas vindo de mim e não dela.

Stelany tem me impressionado a cada dia e fico motivado em continuar a tentar apesar das ameaças que recebi do meu tio. Antes que tudo fosse por água abaixo, depois de conversar com o meu tio, tive de ter uma conversinha com o imbecil do Jerome.

HOPE - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora