Lionel
- Nathan, vamos levar para o hospital. Agora! - Aviso ao meu segurança.
- O que está acontecendo? - Hernandez indaga entrando na cozinha. - Ratinho? Quer dizer, Stelany?
- A sua garçonete está passando mal. - Falo analisando ela que está meio grogue. - Ela se alimentou?
- Lulita! - Hernandez chama a namorada que aparece em um segundo na cozinha. - Levem ela para descansar no quarto.
- Descansar? - Indago. - Ela precisa de um hospital e não de um quarto. Nathan?
- Estamos prontos para irmos, senhor. - Meu homem avisa e ergo a garçonete nos meus braços.
Não sei o que tem na cabeça desse homem. Se bem ouvi, ela a referiu como um '' Ratinho? '' E ainda tentou disfarçar o que havia dito, mas isso, eu irei tratar logo.
Passo pelo salão com olhares surpresos de todos, e se eu bem notei, Hernandez e suas outras mulheres estavam tentando disfarçar a raiva, não sei o que acontece entre eles, mas essa mulher em meus braços, deve ter levantado a ira deles, não sei como.
Ela sendo estranha, eu estou tentando ajudar. Não sou um insensível que não ajuda quando alguém esteja passando por alguma necessidade, e quando se trata de mulheres e crianças, eu não sou o capo e nem um homem sem coração, eu me preocupo em ajudar na mesma proporção que tenho para destruir alguém, e quando essa pessoa ameaçar os meus negócios ou mesmo a minha família ou algum inocente. Talvez eu vire um demónio insensível.
O hospital local indicado pelo próprio Hernandez, que seguiu a gente, não era dos melhores, mas tem um atendimento referenciado pela equipe de Hernandez. Esse hospital trabalha para ele pelo que pude concluir, e certamente todos aqui devem saber quem eu sou, e o poder que tenho sobre o chefe deles.
Um médico de cabelos grisalhos e duas enfermeiras prontificados na porta de entrada do hospital com uma maca. Eles recebem a menina dos meus braços e encaminhando para um sala. Vejo Hernandez falando com o irmão e a mulher perto do carro.
Observo o rosto encurvado dele, os olhos cerrados, lábios delineados e certamente deve estar enfurecido com eles, principalmente com a mulher. Não entendo a relação que eles têm com a garçonete para se importarem de me seguir até ao hospital.
Talvez seja a curiosidade e a surpresa de eu agir, do jeito que agi ajudando a mulher, sendo que tenho a fama de perverso e impiedoso, se importando com uma mulher que nem sequer dirigiu uma palavra a mim.
Ela me deixou intrigado, não nego e ao mesmo tempo, ela me fascinou com aqueles olhos grandes castanhos e vazios. Ela deve ter mil coisas se passando naquela cabeça e eu tenho interesse em saber o que ela pensa ou sente, porque pude notar pelos seu olhar de medo e triste.
Seus olhos não têm vida, não há nenhuma luz nela, apenas o vazio e uma tristeza profunda. Ou será que ela não me entendeu? Eu falei no meu idioma, parece que ela entendeu o que disse, se não, não deveria simplesmente sair em direcção a cozinha, já que tinha pedido que me mostrasse ao menos, já que não falava nada.
Hernandez e a mulher se aproximam, até onde estou, aguardando em pé pela notícia do médico, saber que está bem antes de eu ir embora. Hernandez procura as palavras para falar e não desvio o olhar, encarando em seus olhos.
- Senhor Smith, bom, o senhor não irá perder o voo? - Disse depois de segundos em silêncio.
- Não!
- O senhor não precisa esperar, não queremos incomodar o senhor...- A mulher dele.
- Não é incómodo, fiquem descansados. - Aviso. - Vou esperar pelo médico e depois irei embora.
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HOPE - No Meio Da Máfia
RomansaO que você faria, se te apaixonasses por quem te odeia? Treze anos depois, surgem os filhos da Máfia, com um novo líder conhecido como Lúcifer. Um futuro predestinado de Lionel Smith, faz jus ao seu nome. Stelany aparece na vida do novo capo, quando...