25°

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Desculpa a demora, estava sem créditos e sem aparelhos eletrônicos. Aí o capítulo, bjs.

Lionel

A voz dela é suave, linda de se ouvir e por um pouco, por pouquíssimos segundos, esqueci que ela chegou de mãos dada com o Noah. Eles estão gostando um do outro agora? Abraçados, todos estão olhando para eles.

— Tio Noah. — Seth quebra o silêncio e corre para abraçar o meu amigo.

— Amigo!

Noah fica abraçado com o meu filho e finalmente se afastou da Stelany que virou o centro das atenções para as meninas. A mulher está sendo bombardeada de perguntas e confusa sem saber a quem responder primeiro, a chata da Lia ou da Beatrice. Lilly apenas acompanha a animação das outras, Catherine está no seu lugar, não se levantou e olha apenas em tudo.

Tia Melanie aparece com o copo d´água que Seth fez questão de pedir diretamente para ela. Esse menino é um tormento as vezes, me tira do sério, porém, diverte todo o mundo. Uma criança sendo criança.

Noah vem ao nosso lado e está todo sério, tenso. Senta ao meu lado do sofá, com Seth em seus braços, tia Melanie entrega o copo para ele que recebeu e logo esqueceu da gente e saiu com a minha tia.

— Quer contar? — Allan estava silencioso até segundo atrás, mas a sua indelicadeza, não deixa passar nada.

— Contar o quê? — Noah pergunta.

— Chegou de mãos dadas, hum, será?

— Não fala merda, Allan. — Profiro já sem paciência.

Os dois olham para mim. Já estou sem paciência para as piadas de Allan, o rapaz não tem limites e fala tudo o que pensa e nem sempre essa sua forma de agir deixa as pessoas confortáveis. Suspiro passo as mãos no rosto.

— Estou perguntando apenas, Lionel.

— Não tem nada de casalzinho aqui, Allan e para de falar merdas. — Disse, Noah.

— Estão sufocando a menina.

— Allan, por que não presta atenção na gente e para de olhar para ela? — Disse, eu.

— Ela é gata. — Continuou zombando da minha cara. Eu juro que vou bater nesse pirralho. Está se tornando cada dia mais infantil. Quanto maior for, mas insuportável ele tem sido.

— Não olha para ele, pimpolho. — Disse, mais uma vez.

— O que tem de mais olhando para ela?

— Tudo. Não te ensinaram que olhar maliciosamente para uma mulher é assedio? Nenhuma mulher gosta que seja encarada assim. — Disse, Noah.

Ele até então estava calado, encarando a nossa conversa com o idiota do meu primo. Noah está um pouco tenso, consigo perceber pelo nível de comportamento dele agora, as pupilas dilatas, os lábios entrelinhados, ele não quis vir aqui, diferente de mim que estava contando as horas para poder vir a casa do tio Theo para poder ver finalmente a Khalil, depois de dois meses sem poder estar perto dela.

Mas não vendo ela esse tempo, não me fez tanto mal, porque durante esse processo, conversei muito com ela, usando o personagem daquele amigo que está em outra cidade, que foi uma surpresa boa saber que ele é gay, ainda nos armários.

Apesar de que, tenho que fingir ser quem não sou, fazendo um papel ridículo nas nossas conversas, mas usando o David, tem ajudado muito. Convencer Stelany a me dar uma chance, embora que seja passo a passo, estou conseguindo finalmente o que tanto almejo. Ter ela.

Talvez ela hoje fala comigo sem surtar, mas só tenho que achar um método para poder me aproximar dela, sem fazer com que meus pais e tios surtam. Irei entrando calmamente, até dar o bote final e se conseguir conquistar ela, irei contar toda a verdade a ela.

HOPE - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora