HOPE - No Meio Da Máfia

55°

Stelany

Em cada degrau, os nosso passos sincronizavam. O ar não passa pelos os meus pulmões de forma regular. Sinto o nervosismo cada vez que nos aproximamos do quarto de Lionel.

Ele também está nervoso, hesitante e me seguindo. Estou com medo, mas sinto o desejo de dar esse passo com ele. Conversei com a minha mãe sobre fazer sexo pela primeira vez com o meu namorado, ela me perguntou se estava preparada para dar esse passo.

Há duas semanas, eu não tinha uma resposta sobre isso. Não sabia se estava realmente preparada, apenas sentia-me excitada quando nos tocávamos e ficava fora do controle. Meu corpo pedia para ir mais além do que simples beijos e as mãos deles passeando entre as minhas pernas, cinturas e seios.

Eu via como ele ficava excitado e hoje foi o mesmo. Lionel sente desejo quando está comigo e o meu corpo reage a esse desejo. Pensei em conversar com ele sobre esse passo, mas seria incomum eu falar sobre isso logo com ele e apenas tinha a Anne para me tirar as dúvidas.

— Quando chegar a hora, não pense muito, faça o que desejar e esquece tudo o que você passou. — disse a minha mãe uma vez, quando perguntei sobre querer fazer sexo.

Tenho vinte e oito anos de idade e é a primeira vez que eu quero fazer sexo. Sei que não sou mais virgem, eu perdi a força. Não pedi, eles invadiram o meu corpo quando ainda era uma adolescente e foi traumatizante e desejei todas as vezes para não sentir o meu corpo ser invadido.

Estava com medo de isso voltar a acontecer, de se sentir invadida, mas com o Lionel, o meu corpo pede por ele e é assustar sentir isso. Anne me fez perceber que, fazer sexo por próprio desejo é agradável, diferente do que eu passei.

Os degraus por fim, deram por encerrado e caminhos no corredor lentamente, ouvindo as nossas respirações e quando ficamos diante da porta do quarto do Lionel, me virei para olhar para ele. Lionel está nervoso, engole a seco com medo do que eu posso sentir no momento.

— Está tudo bem. — falo tranquila.

Ele assente e toca na maçaneta da porta, abrindo ele mesmo, me deixando entrar primeiro e em seguida, ele passar e fechar a porta. Nunca tinha entrado no quarto dele antes, sempre preservei a privacidade dele e só podia entrar com a sua autorização e Lionel nunca me convidou para ir para o quarto e sempre namoramos na sala quando estamos em sua casa.

É bem decorado, com imoveis que devem ter custado muito dinheiro e a sua cama é enorme. Observo tudo com cuidado, andando em passos lentos até chegar em sua cama e me viro para olhar ele que me encara admirado.

— Seu quarto é lindo! — falo para quebrar o silêncio.

— Você que é linda. — respondeu sorrindo apaixonado.

Lionel caminha até perto de mim e pega em minhas mãos colocando em seu peito carinhoso e não consigo esconder o sorriso, feliz e apaixonada. Lionel é lindo, carinhoso e delicado quando está comigo.

O nervosismo ainda está visível, mas eu vou deixar ele tranquilizado e confiante de que é isso que eu quero. Não para provar que quero agradar ele, mas que eu preciso viver e não deixar que os meus traumas me impeçam de viver.

— E você é o melhor homem que eu já conheci. — falo graciosa.

— Eu te amo, Khalil!

— E eu te amo, Lionel. — falo não escondendo a felicidade.

O primeiro a tomar a iniciativa de me beijar é ele. Carinhoso e delicado, nos beijamos calmamente até ele soltar a minha mão e me pegar pela cintura, seguindo o outro rumo da delicadeza e Lionel é determinado e me beija como se fosse a coisa que mais ele deseja.