Pressentimentos ruins

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"Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é... a morte termina. Mas isso, pode continuar para sempre."

Meredith Grey - Grey's anatomy

Por Emily

Fui saindo da escola e de longe avistei minha irmã no carro dela, apressei um pouco o passo e entrei no carro colocando minhas coisas no banco de trás.

- Boa tarde - falo observando que o sol está quase se pondo.

- Boa... - ela responde aparentemente respondendo algo no celular, termina e me encara - pronta? - assinto e ela da partida.

No caminho até o Grill foco no horizonte e no sol se pondo, é uma das coisas mais relaxantes de se fazer. Sinto de novo aquele mesmo aperto no coração e dessa vez fico realmente preocupada, algo tá errado, ou vai dar errado. Sinto um arrepio e olho pra Elena, ela parece bem, nada de anormal, então resolvo ficar na minha pra não assusta-la sem necessidade.

Coloco uma música pra tocar e a Elena se anima um pouco, o que faz com que eu também comece a cantar dentro do carro. Acho que essas coisas são besteiras da minha mente.

Uns dez minutos depois chegamos e paramos no estacionamento do Grill, vamos descendo e já está totalmente escuro. Espero a Elle desligar o carro e quando vamos em direção a porta do Grill que é um pouco afastada da onde estamos, temos um susto com um homem alto, careca, branco e bem forte. A Elena segura meu braço e ficamos nós duas encarando o mesmo.

- Boa noite, meninas - ele fala com a voz puxada e sugestiva.

- Boa noite - Elena fala e vamos andando pra sair dali o mais rápido possível, mas ele segura o braço da minha irmã fazendo nós duas ficarmos de frente pra ele.

- Esse carro é das senhoritas? - ele olha encostando no carro e novamente eu e a Elena tentamos sair, mas ele segura em mim dessa vez - pra que a pressa?

- Temos um compromisso, desculpa - nem da tempo de sairmos do lugar, o cara tira uma arma de dentro da roupa e aponta pra Elena e pra mim.

- ISSO É UM ASSALTO - ele fala, enquanto percebo nossas respirações descontroladas.

- Tudo bem, moço - Elena fala soltando a chave do carro e a bolsa no chão - pode levar, só deixe... - uma voz interrompe a fala descompassada da Elena.

- Ei cara, o que você tá fazendo ai? Deixe as meninas em paz - impossível não reconhecer aquela voz. Harry.

- Por que está se metendo? - o homem nem se move, ele ainda não percebeu que o Harry é um policial e está apontando uma arma bem nas costas dele.

- Porque é meu trabalho. Se vire bem devagar, solte a arma e coloque as mãos pra cima - Harry fala com uma voz firme que eu não conhecia e escutamos um pequeno estalo vindo da arma dele.

- Quem você pensa que é? - o assaltante pergunta virando de costas e apontando o revolver no peito do Harry, que por sua vez não muda a expressão de policial malvado.

- Um policial que está mandando você soltar a arma e colocar as mãos pra cima - ele repete e seu olhar passa pelos meus de uma forma reconfortante.

- Harry... - falo baixinho só pra mim.

- Vamos, por favor baixe a arma - ele pede dando um passo pra frente.

- Pra que? Pra você me prender? - ele da uma risada debochada e a arma dele faz o mesmo barulho que a do Harry.

- Podemos conversar, deixe as meninas saírem daí - ele faz um sinal apenas com os olhos.

- Olha só, eu não tenho medo de você - continua sarcástico - se não sair eu vou atirar - ameaça e começo a tremer mais ainda.

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