Belinha

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Por Emily

A claridade do sol me acorda, fecho os olhos com força e sinto o chão duro embaixo de mim, olho para o lado devagar e dou de cara com o Harry. Dois segundos e...

- HARRY - começo a balançar ele que acorda assustado.

- O que foi? - se senta rápido e pisca os olhos tentando confirmar o que está acontecendo. - O que houve aqui?

- Ora o que houve, nós dormimos aqui - me levanto ajeitando minha roupa totalmente desgrenhada, passo os dedos pelo cabelo e procuro o celular em volta. - Harry, a Elena vai fazer picadinho de mim - digo vendo as 94 ligações não atendidas e 251 mensagens dela e do Thomas. - Droga, droga, droga...

- Como que isso aconteceu? - Ele levanta e faz o mesmo.

- Eu não faço a menor ideia - tento criar coragem para falar com minha irmã, eu tinha prometido me comportar, mas nem tentando eu consigo. Me sento no chão e abraço minhas pernas sentindo lágrimas nos meus olhos.

- Não Emily, não chora, nós vamos dar um jeito, a culpa não foi nossa, a gente dormiu sem querer - ele se abaixa e enxuga minhas lágrimas. - Me desculpa, a gente deveria ter ido naquela hora.

- Não é sua culpa - me recomponho e disco o número da Elena, também reparo que são sete da manhã.

Emily, você quer me matar do coração? - A voz dela é ríspida do outro lado da linha.

Elle, eu posso explicar, não é nada que você está pensando, foi sem querer, eu juro - Harry parece mais aflito que eu tentando decifrar minha expressão.

Como que você passa a noite em um lugar sem dizer, Emily? Eu quase surtei! A polícia só não foi atrás de você porque as investigações só começam com vinte e quatro horas.

Calma, por favor - interrompo ela. - Me perdoe, eu vou te explicar tudo quando chegar em casa, mas basicamente a gente dormiu na praia, sem querer, olhando pra lua.

Emily Marin, você... - ela pausa. - Você usou alguma coisa? Você tem juízo, não tem?

O QUE? Tá doida, Elena, eu só dormi, já disse - Harry está quase tomando o celular de mim, então resolvo desligar. - Chegamos em casa em menos de duas horas, eu prometo.

- O que ela pensou? - Ele pergunta quando levanto e pego meu casaco.

- Sei lá, acho que ficou mais preocupada pelo fato da gente não ter avisado mesmo - tento suavizar.

- Mentira, você estava gritando, o que ela pensou? - Questionou de novo enquanto andamos para a casa.

- Eu não sei, que a gente se drogou, sei lá - ele ri levemente e rio junto com ele. - Isso não tem graça, é o tipo de coisa que as mães pensam, não é?

- Talvez - balança os ombros.

- Precisamos ir logo embora - falo assim que chegamos, começo a pegar todas as minhas coisas, escovo os dentes e o Harry faz o mesmo.

- Vamos comer alguma coisa, tomar um café, vou dirigir preciso comer - ele pega pega uma cafeteira e começa a preparar o café e fico observando preocupada. - Calma amor - Harry vem até mim. - Nosso dia ontem foi perfeito, não vamos deixar esse incidente estragar nossas lembranças - ele me beija devagar tirando um sorriso dos meus lábios. - Eu te amo e mesmo se a Elena meter uma frigideira na minha cabeça eu vou continuar amando.

- Ela não vai fazer isso - rio imaginando a cena. - No máximo vai me colocar de castigo sem ver você por um mês - abraço ele que me coloca sentada em cima da bancada me fazendo ficar da sua altura. - Então, temos que aproveitar o tempinho que temos - sorrio maliciosamente pra ele mordendo o lábio inferior e ele me beija.

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