Capítulo 28

23.8K 945 673
                                    

Coringa 🃏

Os morros andam numa rivalidade do caralho, tá tendo caos pra todo lado. PCC tá invadindo as porras das favelas querendo a minha cabeça, do Hack e do Rei. Principalmente a minha.

O Tigrão, número 1 do PCC, quer que eu trabalhe pra ele, já mandou altos recados.

Tô nem vendo a Júlia mané, medo da porra de acontecer com minha nega. Mas a saudade tá apertando pra caralho.

Tem soldado pra porra de olho nela, mesmo eu não vendo ela os cara são filhos da puta. Tô ligado que sabem quem ela é, e agora que me abri pra minha morena não vou deixar ninguém fazer nada com ela não parceiro. Nem que eu tenha que morrer pra isso.

Ela tá trabalhando pra caralho, foi até transferida pra UPA porque tá chegando muitos feridos e tão precisando de enfermeiro, médico e as porras.

Coloquei uns quatro seguranças na cola dela e o Rei duplicou. Ele colocou segurança na outra irmã deles também. A Júlia reclama pra caralho, porque queria liberdade e as porras mas eu não tô comendo merda não pra deixar ela sozinha.

O bagulho tá brabo. Nunca tinha visto tanta guerra. Mas eu tô ligado em cada passo e vou botar as caras nessa porra. Sou igual ao Rei não, o filho da puta não sabe nem pegar numa arma parceiro.

Tava fumando um fininho e pensando nessas porras, até o Junin entrar na sala do Th. Eu tô aqui com o filho da puta do Theodoro, o Magrinho e o Fael.

Os três conversam pra caralho e eu fico só de boa observando tudo. Hoje eu brotei aqui pra organizar tudo, mas ontem tava na Rocinha.

Junin: Aí Coringa, conseguiriam.- levantei felizão mas com a cara fechada de sempre.

Coringa: É isso, porra.- fiz um toque com ele.- Fael, agora é tu que vai liberar a entrada.

Os caras conseguiram roubar armamento, fardamento e munição da facção do Japão que são aliados com uma do Paraguai. Mas meus caras tavam vestidos com as roupas do PCC, ou seja, a facção japonesa vai atrás do PCC. E eles vão tá de cabeça cheia, aí é que eu vou em cima e vou meter bala em geral.

Magrinho: Vai lá, mano.- bateu na mão do Fael, que saiu da boca.

Meu celular tocou e a foto da Júlia apareceu. Meu coração até apertou.

Ligação

Júlia: Amor?- falou com uma voz cansada.

Coringa: Oi minha gata.- o Th logo olhou pra mim.- Tá em casa já?

Júlia: Não, tô saindo agora... Tô sabendo que tu tá aqui no Vidigal.

Coringa: É, tô na boca.

Júlia: Vai embora que horas?

Coringa: Tô terminando de resolver uns bagulhos aqui só.

Júlia: Tá, tô indo aí.

Coringa: Não! Tá louca, porra?!- ela nem respondeu e desligou na minha cara.

.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora