Capítulo 29

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se bater 50 comentários, eu faço maratona de 4 capítulos.

Júlia 🌸

Júlia: Ele não vai! Ele vai ficar aqui.- olhei pros lados e vi os aparelhos de ressuscitação. Nem exitei em pegar o desfibrilador e ligá-lo.- AFASTA.- gritei e quando vi q tinham se afastado, eu encostei no Luan. O corpo dele pulou, mas não tinha funcionado.

Segunda tentativa, terceira tentativa e nada dele acordar.

Ricardo: Júlia, ele está fraco, não vai sobreviver.

Júlia: Não, ele é forte. Ele vai sobreviver, nós dois vamos fazer isso acontecer.- Vamos Luan, acorda...- falei soluçando.- AFASTA. Carreguei em 200.- esperei afastarem e dei outro choque.

Olhei seu pulso e ainda nada. Vamos lá Júlia, a última vez.

Dei outro choque ainda em 200 e não vi reação nenhuma. Joguei as pás do desfribilador no chão e caí deitada em cima do seu peito chorando igual a criança.

Caralho, ele morreu. Passava uma retrospectiva na minha cabeça e eu chorava cada vez mais.

Júlia: Não faz isso comigo, Luan. Por favor.- falei baixinho enquanto molhava seu peito de lágrimas.- Eu te amo, amor. Acorda!

Eu sentia um vazio enorme, e daqui pra frente seria assim. Eu não iria tê-lo mais.

XxxX: Júlia...- um enfermeiro chamou. O único que sobrou ali.

Não dei ouvidos a ele, mas senti o peito subi e descer levemente. Achei que era coisa da minha cabeça até ouvir um sussurro.

Coringa: Namora comigo?- ele falou num sussurro e com dificuldade. Meu coração saltou, que momento inadequado para isso para um pedido de namoro rs.

Júlia: Não fala, Coringa. Você não está em condições de falar. Vou te colocar no oxigênio e te levar pra um hospital melhor.

Coringa: Me responde.- ele puxou meu braço e colocou em seu bolso, onde tinha uma caixinha de anel.- Responde.

Júlia: É claro que eu namoro.- ele sorriu fraco e eu guardei a caixinha no meu bolso do jaleco.- Trás Oxigênio pra ele! Vou preparar a ficha de transferência.

Peguei uma ficha de transferência e escrevi algumas coisas, mas não o nome dele.

Júlia: Bora, pro Hospital de Copacabana.

XxxX: O do Departamento de emergência? Ele é traficante.

Júlia: Acredite em mim, é pra lá que ele vai.

Arrastamos a maca com meus seguranças ajudando até a ambulância. Entreguei a ficha e entrei com o outro enfermeiro.

Os caras que faziam minha escolta, vieram no carro deles atrás da ambulância.

Depois de uns dez minutos, chegamos ao Hospital. É longe pra caralho o morro, mas o motorista recebeu uma ameaça pra andar mais rápido.

Descemos a maca com o Coringa ainda no oxigênio e com a ajuda do motorista e dos ajudantes.

Uma médica logo veio de avental e máscara.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora