Capítulo 22

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Coringa 🃏

Depois de tomar banho rápido, saí voado de casa pra levar a Júlia no estágio porque ela já tava atrasada.

Deixei ela lá e fui pro local que ficava os bagulhos do comando. Trabalhar né, a vida não é só transar com a Júlia não.

Entrei na sala e só tava o Rei lá. Rei é a 1° ordem do comando, eu sou o 2° e o Hack é o 3°. Só assim pra dar conta de tudo.

O Hack é hacker mermo, ele que descobre tudo, vai atrás das pistas, ele que paga propina pros alemão pra limpar nossa barra e as porra.

O Rei cuida de geral que trabalha pro Comando e das funções de geral. Além de cuidar dos orfanatos e das instituições que é do Comando.

Eu só mato geral mermo. Eu sou o mais sangue frio e eles tão ligado. Não temo ninguém, nem mesmo o Rei. Só a Deus.

Rei: Fala ai, Coringa.- fez um toque comigo.

Coringa: Qual a boa de hoje?-perguntei sentando na cadeira.

Rei: Ricardo Alves. Morador da Rocinha.- jogou a ficha pra mim.- Espancou a mulher. Ela tá na nossa ala do Hospital.

O Comando tem uma ala no melhor Hospital do Rio, bagulho que só quem sabe somos nós. Se eu, o Rei ou o Hack precisar de assistência, é pra lá que nós vamos.  Ou alguém da nossa família e pa.

O diretor do hospital tá na nossa mão, então aceitou uma oferta boa pra vender a ala.

Se algum morador das favelas se machucam pra caralho, a gente manda pra lá e o que é passado pra geral é que o Rei é amigo do diretor.

Ninguém sabe quem é o Rei, só eu e o Hack, ele não faz contato direto com geral. Ele é playboy, só usa terno e as porras.

Entrou nessa vida porque quis, mas tá massa pra caralho pra ele. Nunca suja as mãos de sangue, ajuda geral e ainda tem grana pra caralho.

Rei: Tem outro filho da puta aqui que matou a esposa e tá com o filho lá com ele. Da Rocinha também.

Coringa: Passa os nomes e endereço de quem é pra cobrar da Rocinha.- ele pegou um bocado de folha e me entregou.

Rei: Vá lá se divertir um pouco.- falou sorrindo e eu saí sério.

Fui direto pra Rocinha e nem barraram minha entrada.

Já fui logo na casa do cara que espancou a mulher. Derrubei a porta já e ele tava transando com uma mulher. Os dois olharam surpresos pra mim.

Tirei a glock da cintura e atirei no peito dele. A mulher que tava com ele gritou, olhei pra ela e dei de ombros.

Coringa: Se eu não tivesse com pressa, eu iria te torturar.- dito isso, atirei na cabeça dele.

As paredes do quarto encheram de sangue e eu sorri de lado.

XxxX: Por que você fez isso?- falou chorando.

Coringa: Porque é bom pra caralho matar filho da puta que bate em mulher. Se liga, Dona.- saí de lá e fui na casa do outro que matou a mulher.

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