Capítulo 16

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Não Revisado

Júlia 🌸

Depois de um segundo round na banheira, eu fui arrumar a cama e o Coringa foi colocar sua moto dentro da minha garagem.

Falar em Coringa, que homem viu manas. Nem guindaste me tira mais.

Esse jeitinho dele me derrete.

Arrumei a cama e peguei o celular, fiquei deitada lá mexendo nele até que o Coringa chegou lá, deitando também.

Júlia: Então, o que você faz no trabalho?- perguntei curiosa, estava disposta a conhecer ele melhor. Se é pra nós termos um lance, preciso saber sobre ele.

Coringa: Sou do comando. Eu cobro os cara que viola as leis do tráfico. Sou eu que cobro também filho da puta que abusa criança e os vacilos dos donos do morro. Mas é responsabilidade minha as favelas, entendeu? Se pacificam uma, eu que tenho que dá meus pulos pra pegar de votla.

Júlia: Vocês não cobram quem bate em mulher?

Coringa: Se for fiel, não. Mas se foi no caso igual tu e o otário do Th, eu cobro ele. Se tu não é nada dele, vai bater pra quê?

Júlia: Tá, mas mesmo sendo fiel não merecem cara!- falei indignada.

Coringa: Mas é a lei do tráfico, gata. Eu só faço cumprir. Mas meu outro mano cuida disso pô, a gente mantêm tudo no controle pô. O máximo que nós pode evitar, nós evita se ligou?

Júlia: E o que é o cobrar que você fala?

Coringa: Passar o cara. Quando estrupam criança, sou eu que torturo, faço estrago no filho da puta e mando a criança pra um lugar seguro que vai ficar bem pô. Quando estrupam mulher, a mulher tem direito a torturar o cara, se ela não quiser, nós faz...

Júlia: Você faz isso pelas crianças?

Coringa: É, pô. O Comando tem meio que uma organização se ligou? Mas só entra lá os brabos. Reunião do Comando é foda pra caralho e não é geral que entra.

Júlia: Nossa, vocês têm coração! E pra entrar nesse Comando é difícil?- ele riu nasal.

Coringa: Tu não tem noção, nega.

[...]

Acordei com o Coringa me chacoalhando e quase dou um soco nele.

Coringa: Tem gente aí te chamando, sei quem é não pô mas vou ficar preparado aqui caso seja algum pilantra.- revirei os olhos.

Júlia: Não vem pilantras aqui, Coringa. Fica tranquilo, o único era o Th e ele foi desconvidado a vir.

Coringa: Vai que descobrem que eu tô aqui né, nunca se sabe.- bufei e fui atender a porta.

Olhei pelo olho mágico e era o Magrinho.

Magrinho: Coé, meu amor, vim ver se tu tá bem.

Júlia: Tô sim, e você? Pera que vou pegar a chave do portão.

Magrinho: Nem precisa, só vim ver tu mesmo.- olhei desconfiada pra ele. O Magrinho vir aqui em casa e não querer comer?

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