Capítulo 12

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Não Revisado

Júlia 🌸

Terminei de me arrumar e liguei pro Th que disse que já estava vindo. Ele se ofereceu para vir me buscar e eu não neguei.

Depois de 5 minutos, ele chegou buzinando na frente de casa e eu desci. Fechei toda a minha casa e logo subi na moto. Coloquei o capacete e segurei em sua cintura.

Th: Não acha que esse short tá muito curto não?- perguntou dando partida na moto.

Júlia: Verdade, né... Volte lá em casa pra eu trocar. Vou pôr um menor.

Th: Tá com graça né, parceira.

Júlia: Parceira não, Júlia é meu nome.- belisquei sua cintura e ele gritou.

Th: Você me paga, pô.- gargalhei alto e ele acelerou a moto.

Logo depois chegamos na quadra e meu ouvido parecia que ia estourar. Se já se ouvia 5 rua antes, imagina no lugar.

Descemos da moto e o Th foi andando, eu apenas o seguia. Não quis segurar na mão dele pra não dar o que falar porque tô com a paciência 0 para aturar.

Subi pro camarote atrás dele e sentei num sofá de lá, cruzando minhas pernas.

Júlia: Cadê a Thays?- perguntei pro Th que vinha com duas garrafas de cerveja na mão. Uma ele me entregou, e a outra ele deu um gole.

Th: Nem sei daquela porra. Acho que vem com o Fael.

Júlia: Eles namoram?- pergunto bebendo da minha cerveja.

Th: Escondido de mim, mas eu pego as fita. Sabem disfarçar não. O Fael não tem coragem de falar comigo com medo.- ele riu e eu ri junto.

Júlia: Por que?

Th: O bagulho passado pros cara daqui do morro é que ninguém encosta na minha irmã, e se encostar, eu arranco o pau.

Júlia: Você vai arrancar o pau do Fael?

Th: Não, mas vou deixar ele pensar que vou.- rimos e eu dei um tapa em seu braço.

Júlia: Malvado!- ele deu um beijo na minha bochecha e eu continuei bebendo minha cerveja.

Th: Ô Juh, eu vou ali nos cara.- ele apontou pros homens que tavam fumando e eu só assenti. Ele me deu um selinho e saiu.

Levantei e fui observar o baile melhor, tava lotado. Olhei para os lados do camarote procurando o Coringa e não o vi.

Fiquei tranquila bebendo minha Heineken ainda, até que eu senti alguém puxando meu braço.

Vi que era o Th e tentei me soltar, mas ele apertava meu braço com força. Ele foi me arrastando até a saída do baile e por incrível que pareça, ninguém olhou.

Ele me levou até um beco e me soltou.

Júlia: Você tá maluco, porra?-gritei com ele.- Quem você acha que é pra me puxar assim.

Th: Eu sabia que você tinha alguma coisa com isso, pô. Eu queria acreditar que não, mas puta que pariu.- gritou também.

Júlia: O que tu acha que eu fiz, seu maluco de merda? Não olhe na minha cara nunca mais, seu filho da puta!

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