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" Viver é um rasgar-se e remendar-se."
                          

Guimarães Rosa.

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Severus estava fazendo algo que a muito ele não havia feito: compras

Mas estava se tornando insuportável, pois seu querido afilhado não calava a boca.

- O que você acha que ele gostaria? Está frio... talvez um cachecol que realce seus olhos? Não isso é muito simples... porque você não compra um anel para ele? Ou sei lá... acho que na verdade ele iria adorar ganhar você de presente- Draco foi bruscamente interrompido por um tapa de Severus em sua nuca

- Aí! Seu brutamonte, não negue, tenho certeza que você também adoraria ... - Draco riu alto, o homem estava com as bochechas em um leve rosa bebê, era óbvio que ele acertou em cheio.

- Não fale bobagens! Você também precisa comprar seu presente, foco!

O Natal seria no próximo dia e Severus estava desesperado, ele não sabia o que dar para Harry, ele queria algo que ele realmente gostasse, mas não queria o presentear com alguma coisa comprada em uma loja qualquer... precisava ser algo especial.

Passando por uma loja de animais, Snape parou ligeiramente ao ver uma linda mambar negra- que ironicamente não era negra- a cobra era magnífica. Ela ainda era jovem por isso não era tão grande, mas se seu conhecimento estivesse certo a cobra poderia chegar até 4m sem falar que era bastante venenosa... Isso era realmente uma boa idéia? E se a cobra ferisse Harry ou algum outro aluno? Mas logo Severus decidiu que sim, era uma boa idéia.

Harry poderia falar com a cobra e convencê-la a não sair enfiando suas presas em qualquer um, e ele teria sempre antídotos caso a cobra não obdecesse. A cobra por si só já é agressiva e seu namorado era bem volátil, então sim, ele estava com dúvida se ele realmente iria dar uma mambar negra para Harry.

Mas logo ele se lembrou de como as pessoas o trataram por falar língua de cobra e Severus sabia que Harry ainda tinha uma certa aversão por essa parte dele, e ele realmente esperava que seu presente ajudasse Harry a se dar bem com essa parte de si.

Logo Snape andou em direção a loja e Draco o seguiu com uma expressão confusa.

- Padrinho, o que estamos fazendo aqui?

- O que mais as pessoas fazem em uma loja de animais se não comprá-los?

Draco soltou um bufo, mas ele não estava irritado, pois sabia que o Sonserino mais velho poderia fazer bem pior.

Logo as feições de Draco foram tomadas por incredulidade quando seu padrinho andou em direção a uma cobra cinza na parte de baixo de seu corpo e ia subindo em um efeito degradê até assumir um tom mais escuro, seus olhos era negros brilhantes assim como o interior de sua boca. A cobra estava assustadora na opinião de Draco, mas ela possuía uma beleza que atraía as pessoas para ela, suas presas, melhor dizendo.

- Você vai dar uma cobra pro Harry!?- perguntou Draco incrédulo.

- De fato- respondeu Severus de forma monótona enquanto observava a cobra silibar para ele, como ele queria entender o que o animal estava falando.

Draco parecia chocado demais para falar, quem diabos dava uma cobra de presente de Natal para o namorado?

Logo um senhor baixo- que Severus julgou ser o dono da loja-  veio ao encontro deles.

Por detrás da máscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora