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Me perdoem pela demora da atualização. Estou realmente ocupada recentemente, mas como um pedido de desculpas sincero hoje irei postar dois capítulos. Espero que gostem, boa leitura! 🖤

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Emília havia sido aprisionada em Azcaban pela invasão na mansão de Harry Potter. Muitas coisas acontecem desde sua prisão e Harry queria saber informações que ele duvidava que outra pessoa se não a própria Emília saberiam.

Harry tinha prometido para Severus que ele não iria tocar no livro sem que o mais velho estivesse por perto. Mas isso significava ficar na mesma casa que o livro de Emília por uma noite inteira sem poder saciar sua curiosidade. Snape insistiu que não era apropriado ficar na mesma casa que Harry sozinho, isso o deixou confuso. Se isso era inapropriado, então o que tudo o que eles fizeram até agora seria?

Snape iria dormir sua última noite em Hogwarts e durante a manhã iria para a casa que herdou de seus avós por parte sua mãe. Isso significava que Harry ficaria sozinho até que ele fizesse tudo que era necessário. No Sábado ele iria encontrar seus amigos no três vassouras e finalmente a tarde veria Severus.

Naquele noite Harry dormiu inquieto, sua curiosidade e aflição o impedindo de dormir bem. Que tipo de informação sangrenta teria naquele livro para Emília tentar recuperá-lo?

Agora a garota estava em uma cela esperando o dia da sua morte, mas Harry queria falar com ela pessoalmente. Algo o incomodava profundamente, havia a sensação de que a qualquer momento tudo iria explodir em seu rosto, mas ele nunca saberia o que causou a explosão.

No meio da noite Harry mandou uma mensagem de patrono para o ministro da magia pedindo para ser autorizado a visitar Emília naquele momento, em sua mensagem ele deixou claro que isso era de extrema importância.
Após receber uma mensagem um tanto sonolenta de aprovação, Harry foi para Azcaban. Ele não iria questionar o motivo do ministro não berrar ou exigir o motivo dele querer visitar a garota no meio da noite, então ele chegou a conclusão de que o ministro provavelmente estava dormindo e mal ouviu sua mensagem e apenas concordou.

Bem, isso era algo para se comemorar.

Chegando na horrível prisão, os guardas verificaram sua varinha e o liberaram. Harry adentrou os corredores confusos e seguindo as instruções recebidas dos guardas ele chegou a uma pequena e úmida cela.

- O que você quer aqui? - a garota falou de uma forma arrogante que o lembrou de Draco.

Bem, pelo menos Draco não o odiava mais e não era mais tão arrogante agora.

- Emília, só quero te fazer umas perguntas.

Harry tinha dúvidas que ela iria falar algo, mas ele tinha que tentar.

- O que eu ganho se te responder as perguntas heroizinho?- Ela estava se divertindo as suas custas.

- Te tiro dessa cela.

Emília estreitou os olhos em sua direção.

- Você me colocou aqui- ela acusou.

- Exato, isso significava que posso te tirar também.

- Você não pode- ela afirmou - Isso é só um blefe para me fazer responder as suas perguntas.

Ela estava certa.

Harry suspirou.

- O que você quer em troca?- Ele questionou.

Ela sorriu, isso foi diferente. Não era um sorriso de zombaria, ou de triunfo. Foi apenas uma garota sorrindo.

- Quero que me traga livros trouxas. Mas não quero romances idiotas, quero livros de ação.

Harry estava estupefato

...

Livros? Ela era um rato de biblioteca por acaso? E por que tinha que ser livros trouxas?

- Por que você quer livros trouxas?

Emília o observou com desdém

- Você é burro ou o que? Por que eu iria querer os livros senão para os ler?.

- Decoração talvez, sua cela é horrível- Harry se viu dizendo. Ele sabia que não devia irritá-la se quisesse informações, mas ele não iria ficar calado enquanto uma garota falava consigo dessa forma.

Depois de mais algumas farpas trocadas ambos estavam mais a vontade com presença um do outro.

- Certo, prometo que venho te visitar na terça e trago livros trouxas de ação para você ler.

Emília pareceu satisfeita e assentiu.

- Bem, aquele monstro matou minha família quando eu era pequena, minha mãe era bruxa e meu pai trouxa, minha magia não é muito forte, mas sou inteligente e por isso que meu senhor me quis ao seu lado.

Harry ficou confuso, ele achou que o " mostro" seria Voldemort. Mas pelo visto não era.

- Meu senhor me vingou e sou muito grata ao meu lorde- Não acho que foi pela bondade de seu coração, Harry pensou. Mas achou melhor ficar calado e ouvir- Ele me deixou fora de vista de seus outros seguidores, para que eu pudesse o ajudar a montar seus planos. Eu o ajudei com quase tudo, planejei ataques, planejei o sequestro de algumas pessoas e tudo isso para ele conquistar sua vitória. Mas é claro que quando se tratava de você meus planos nunca davam certo- Emília o fuzilou com seus olhos por um momento- Aquele livro que está com você  possui informações importantes que meu mestre não quer que sejam descobertas então o escondi, mas é claro que você tinha que o encontrar.

- Você o escondeu em uma de minhas cas- De repente a mente de Harry clicou. O mestre de Emília não era Voldemort, era Dumbledore. Quem havia colocado Emília em uma de suas casas foi Dumbledore e não o lorde das trevas, então por ela tinha dado a entender que seu mestre era Voldemort?

- Emília, quem exatamente é seu mestre?

...

Os olhos castanhos da garota eram expressivos e Harry reconheceu o medo neles. Afinal, esse sentimento não era estranho para si.

- Não posso falar isso... Apenas escute.

Quando o " mostro" matou minha família, por alguma razão que desconheço, se é que existe razão... Eu fiquei furiosa, triste e frustada eu sou fraca e minha mente não conseguia entender o motivo daquele homem " bom" matar minha família tão cruelmente. Eu fiquei viva apenas por que minha mãe me escondeu com algum feitiço. Naquela noite houve um ataque em minha vila e meu mestre me encontrou, ele me levou para um lugar seguro e matou todos que acompanharam o mostro ao matar minha família. Todos, menos o principal, ele não conseguiu matá-lo, mas um dia o maldito desgraçado iria morrer.

Harry entendeu.

- Como você foi servir para o " mostro"?

Emília suspirou, como se essa fosse uma de suas piores memórias.

- Um dia tentei o assassinar, mas é claro que falhei. Como disse, sou fraca... Naquela situação minha única saída era mentir para sobreviver. Disse que meu lorde havia me mandado, chorei e disse que não queria matar ninguém, implorei por ajuda, pedi que ele me libertasse do meu lorde. Não sei como o imbecil caiu na minha pior mentira, mas também não importa. " Ele " me pediu para voltar para meu lorde e o contar tudo o que ele planejava. Eu fiz para ganhar sua confiança, mas tudo isso com a permissão de meu lorde, eu nunca irei o trair.

Era muita coisa para pensar.

- O tem naquele livro que você escondeu em minha mansão? É algo seu?

- Eu não sei. Meu mestre me pediu para esconder em sua mansão, não questionei o motivo.

Harry percebeu que ela não estava mentindo.

Só lhe restava uma opção.

Por detrás da máscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora