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Harry curou seu braço dominante e foi para Hogwarts, não era certeza que ele encontrasse Severus nos corredores, mas se isso acontecesse e ele estivesse machucado seu namorado protetor iria se preocupar.

Aparatando no terreno da escola, o jovem de olhos verdes andou de forma calma pela imensidão de Hogwarts. Harry gostava da paisagem, algum dia ele queria morar em uma casa afastada da multidão com um lindo jardim e uma vista ampla. Talvez um dia ele e Severus pudessem... Harry queria poder pegar na mão de seu namorado e sair em público, beijá-lo e mostrar para todos, estufar o peito e falar " esse é Severus Snape, o homem que eu amo e que quero passar todos os dias da minha vida ao seu lado".

Talvez quando toda a guerra acabasse isso fosse possível... se ambos sobrevivessem.

Harry odiava ter esse tipo de pensamento, odiava pensar em sobreviver e seu amor morrer, em silêncio, ele fez uma promessa que cumpriria a todo custo: Caso Severus não sobrevivesse a guerra, ele iria morrer junto dele, talvez assim suas almas pudessem se amar livremente.

Harry limpou sua mente e bateu na porta do escritório da diretora Mcgonagall, ela não usava senha como Dumbledore. Isso era bom e ruim, eles estavam em guerra e caso alguém invadisse Hogwarts em segredo e invadisse sua sala...

- Entre Harry. - Chamou a diretora

Harry abriu a porta e a fechou atrás de si, ele olhou rapidamente pela sala, estava um pouco diferente. Agora ela não estava colorida com as cores da grifinoria e nem com bugigangas espalhadas. A sala em questão estava com cores neutras e uma bandeira das quatro casas de Hogwarts na parede. Na mesa de Mcgonagall estava um bule de chá, duas xícaras e biscoitos.
Mas foi com grande decepção que Harry viu um retrato de um velho bruxo com barba branca e cabelos longos piscar para si.

- A sala está bem sem graça assim. Não é meu menino?- Dumbledore piscou para Harry.

Harry apertou com força sua varinha, ele queria destruir o retrato, talvez sua expressão não estivesse neutra, pois Mcgonagall o mandou sentar.

- Calado seu velho!- ela falou com um tom de repreensão e um olhar gélido.- Antes de começarmos a reunião, Harry você aceita chá com biscoitos?

- Não diretora Mcgonagall, obrigado. Mas eu iria agradecer se pudéssemos ir direto ao assunto.- Harry respeitava a bruxa em sua frente então ele estava fazendo o possível para não deixar seu aborrecimento vazar em suas palavras.

- Muito bem Harry, então vamos começar. Por qual motivo você quer largar Hogwarts?

- Diretora, com todo respeito. Mas entre aprender coisas que podem salvar a minha pele e passar o dia me preparando para provas, eu prefiro aprender algo útil.

Minerva torceu o lábio e Harry sabia que ela estava insatisfeita.

- Harry você sabe que tem um alvo em suas costas e que Hogwarts é o lugar mais seguro pra você. E com a irmã de su-

- Não termine a frase!

De repente Minerva pareceu se lembrar. Harry nunca mais iria voltar para a casa de seus parentes trouxas.

Ela o olhou com pena e Harry cerrou os dentes. Ele odiava esse tipo de olhar

- Se a senhora não se lembra, a última vez que fui sequestrado foi nessa escola, no lugar " mais seguro " e quanto a proteção de sangue, eu não preciso disso. Estou seguro e sei me cuidar, além do mais, em dois meses serei legalmente maior de idade e a proteção não iria mais funcionar.

A diretora não sabia nem metade do que seus malditos parentes o fizeram, então como ela se acha no direito de o olhar com pena?

Flashs de sua infância começaram e aparecer em sua mente, Harry fortificou seus escudos mentais e logo sua cabeça começou a doer.

Por detrás da máscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora