🥈2° Lugar no Concurso "Mystic Queen" do Projeto Místico (Wattpad).
"Ela herdará um reino que não era seu. E um amor que lhe será negado."
A vida das gêmeas Celine e Celeste está prestes a mudar completamente. Inseparáveis desde a trágica morte de s...
O relógio marcava seis e quarenta e oito da manhã, era oficialmente o dia em que eu completava o trigésimo ciclo-ano. E, mesmo não gostando de comemorar a data, ignorando-a totalmente nos anos anteriores, naquele eu havia cedido ao capricho de minha tia Annete e aceitado uma festa de celebração. Por tanto, tratei de deixar o usual mau-humor que sempre me abatia nas manhãs do dia do meu aniversário e me comprometi em aproveitar o dia e a festa.
Depois de me banhar e barbear, me vesti e me dirigi à sala de jantar para o desjejum. Encontrei a família toda reunida, incluindo a rainha mãe, isso me colocou em conveniente estado de alerta.
- Fredie! Finalmente! - minha tia se levantou e veio ao meu encontro abraçando-me e beijando-me no rosto - Feliz aniversário, meu amor! Que você tenha tudo o que merece e receba de volta, em dobro, tudo o que lhe foi tirado. - ela sorriu para mim, mas eu sabia que ela aproveitara o momento para alfinetar Cordélia.
- Obrigado, minha tia! - depositei um beijo em sua testa e esperei que voltasse ao seu lugar para me sentar.
- Meus parabéns, Frederich! - Melissa foi simpática e muito suscita na felicitação, mas sorria com a franqueza de sempre.
- Obrigado, Mel.
Enquanto era servido, Arthur e Celine também fizeram seus votos de felicidade e me desejaram as melhores coisas. Do rei, recebi novamente o convite para se juntar a ele nos trabalhos do reino e de minha cunhada, um pedido de desculpas pela discussão que causou nosso afastamento durante aqueles dias. Agradeci sinceramente, e expus o meu desejo de tentar fazer com que nosso relacionamento se tornasse melhor dali por diante, não só em nome da paz em nossa família, mas também no reino.
Como era de se esperar, a rainha mãe me ignorou completamente. Terminou seu desjejum, pediu licença e se retirou para seus aposentos. Nem uma palavra ou olhar em minha direção. Obviamente, aquilo não me afetou. Preferia seu silêncio do que as humilhações e ofensas que sempre me eram dirigidas em ocasiões como aquelas, quando a família estava reunida ou nos meus aniversários.
Depois do café da manhã com a família, voltei para meu quarto e decidi aproveitar uma parte da manhã no Quartel General de Concórdia. Estava quase terminando de trocar de roupas, quando alguém bateu a porta.
- Entre!
- Podemos conversar um pouquinho, Fredie?
- Claro, Cel. Algum problema com a festa?
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- Então agora eu só posso procurar você para falar sobre trabalho, Alteza? - ela sorriu do mesmo jeito que fazia quando estávamos em Blanchet.
- Desculpe, não quis parecer indelicado. Estou surpreso, com sua visita depois de tantos dias praticamente nos ignorando.
