º ● Capitulo 13 ● º

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POR ARTHUR PHILLIP

- Vossa Majestade, bom dia. Tem uma ligação para o senhor na linha pessoal. - avisou-me o cabo que estava por ali, assim que entrei nos meus aposentos.

- Obrigada! Eu vou atender. - sentei-me à mesa e tirei o telefone do gancho - Arthur.

- Quando você volta do outro lado do mundo? - meu desgosto ao ouvir sua voz, me surpreendeu.

- Timby. Como está? - perguntei casualmente

- Bem, se eu disser que estou com saudades você vai começar com aquele sermão de que não posso falar determinadas coisas

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- Bem, se eu disser que estou com saudades você vai começar com aquele sermão de que não posso falar determinadas coisas. Então, vou responder que estou bem.

- É que você floreia um pouco as coisas. E tem momentos que é melhor ir direto ao assunto. - respondi levantando-me da cadeira e indo à mesa ao lado onde estava meu desjejum.

- Entendo. Tudo bem por aí?

- Como esperado. - respondi provando uma uva.

- O que você tem Arthie? Está esquivo, frio. Está acontecendo alguma coisa ruim por aí?

- Timby, eu estou bem. Só estou um pouco cansado. Não dormi direito essa noite e daqui a pouco preciso começar a cumprir a minha agenda. - minha voz saiu um pouco ríspida e eu me arrependi imediatamente - Não é nada com você. Logo eu estarei em casa e poderemos conversar melhor, sim?

- Tudo bem. O que eu posso fazer se amo um Rei? Tenho que me conformar com alguns momentos de sua atenção.

Timby tinha a esperta habilidade de me chantagear usando como armas sua compreensão e palavras doces, nos momentos em que eu agia com rispidez. Era quase um dom natural. Só que daquela vez eu não me senti chantageado, me senti muito pior. Mas não por causa de Timby, mas por causa de mim mesmo. Era notório que naquele momento nossa relação tinha chegado num estágio de desgaste, e eu não tinha coragem de dar fim naquilo. E a tendência a me sentir ainda pior, estava por vir: quando eu comunicasse meu casamento com Celine.

- Eu te ligo quando estiver em Concórdia. Até breve, Timby. - desliguei imediatamente a ligação antes que eu sucumbisse a qualquer uma de suas investidas.

Terminei de tomar meu café, tomei um banho e troquei de roupas. Instantes depois meu irmão entrou na tenda e repassamos a agenda e os compromissos daquele dia.


- Acho que temos tudo alinhado, Majestade. Alguns homens do nosso exército nos acompanharam. - ele me entregou a prancheta e sentou-se numa cadeira em frente a mim.

- Para mim parece perfeito, Frederich. - dei uma última olhada na lista de compromissos - Eu gostaria de lhe falar em breve sobre algo de cunho pessoal. Seria possível antes de minha partida? - olhei para ele diretamente em seus olhos, buscando algum indício de que aquilo pudesse acender a chama da fraternidade entre nós.

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