🥈2° Lugar no Concurso "Mystic Queen" do Projeto Místico (Wattpad).
"Ela herdará um reino que não era seu. E um amor que lhe será negado."
A vida das gêmeas Celine e Celeste está prestes a mudar completamente. Inseparáveis desde a trágica morte de s...
O tratado das Quadras foi finalmente assinado e os reinos que se comprometeram a participarem do acordo promoveram uma grande festa para celebrar o feito. Por dias, Britânia, Sosseleine, Aillim, Concórdia e Mourenback não tinham fronteiras. Éramos, então, um grande estado monárquico guiado apenas pela esperança de dias melhores.
No final daquele ano, mais uma grande conquista seria alcançada. Concórdia assumiria os territórios de Britânia e se tornaria o segundo maior país em território, da quadra. Ficando atrás de Sosseleine, que já era o maior de todos territorial e economicamente.
Dias de fartura se seguiram naquele ano. Os reinos prosperavam e prosperavam. Abner Ernest Emor, meu primo por parte de pai, era o comandante em chefe mais importante da quadra. Generoso e querido, Abner possuía características que ultrapassavam seu modo calmo e ponderado de ser e a imensidão de seus lindos olhos azuis.
Eu era absurdamente encantada por ele. E acreditava piamente que era correspondida. Em todos os eventos do reino eu e ele sempre dançávamos. Ele fazia questão de me tirar para dançar pelo menos uma vez por noite, e aquele momento era tão sublime, que eu esquecia de tudo a minha volta e só me conectava aquela dança.
"Anne, você está flutuante essa noite!"- ele sempre me dizia isso e depois beijava minha mão e me arrastava para o meio do salão.
Certa noite, em um daqueles eventos, fui convidada por ele para tomarmos um pouco de ar na varanda do salão de festas. Estava uma noite morna e depois de rodopiar pelo salão, minhas pernas suavam horrores debaixo das inúmeras anáguas do meu vestido e da meia grossa. Era início de verão, logo as estrelas estavam espalhadas no céu, como pontos vazados de luz na escuridão, provocando uma imagem nostálgica e romântica aos olhos de quem contemplassem.
- Anne, eu tenho uma coisa para lhe contar. - ele se encostou em uma pilastra de frente para mim e encarou-me sério.
- Pois diga logo. Sabe que eu sou curiosa. Nem deveria começar desse jeito.
- Eu vou me casar.
Meu cérebro congelou.
- Casar? - foi a única coisa que ficou registrada da frase que ele falou.
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- Sim. Sabe que logo serei rei sobre Britânia também e, para fins de serviço, eu devo estar casado quando assumir o trono. Não poderei continuar solteiro por muito tempo.
- Eu entendo. - desviei os olhos dos seus - E, já tem uma escolhida? - uma nuvem de esperança pairou no ar.
- É sobre isso que eu gostaria de conversar com você. - ele se aproximou - Já tem algum tempo que eu aprecio a sua companhia. Você é sempre muito divertida, alegre, um raio de sol em um dia nublado. Considerei convocar o gabinete e pedir autorização para desposar a filha mais nova do clã Berlandiera. Assim, manteria a tradição do casamento na família e não quebraria o acordo.
