º ● Capitulo 19 ● º

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Condordia.

POR DAVE

- Então, você está mesmo decidido a se casar com a plebeia? - perguntei enquanto verificava os compromissos daquele dia na agenda

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- Então, você está mesmo decidido a se casar com a plebeia? - perguntei enquanto verificava os compromissos daquele dia na agenda.

- Não seja desagradável, Dave. Ela tem nome, se chama Celine. - ele parou o que estava fazendo me lançar um olhar de reprimenda - E sim, estou mesmo decidido a me casar com ela.

- Ok! Que assim seja. Celine! - reforcei o nome dela, para fixar na memória.

Eu ainda estava custando a acreditar que ele realmente estivesse falando sério. Conhecia Arthur bem de mais, para poder afirmar que aquilo fosse só um fogo de palha.

- Você irá conhecê-la, e verá o que te digo. Cel é diferente. É especial. Vocês se darão muito bem. - seu tom de voz era puro entusiasmo. Estranhamente me percebi preocupado.

- Arthur, você vai promover a terceira guerra mundial dentro desse palácio. Cordélia não vai aceitar tão facilmente. Então eu te pergunto: isso não deixa você preocupado? As reações de sua mãe?

- Eu não estou muito preocupado com as reações da Rainha-Mãe. - ele se levantou e ficou de frente para a janela. - Eu tenho meus motivos para fazer o que estou fazendo.

- Posso lhe falar francamente? Como amigo?

Ele virou-se e ficou de frente para mim. Enfiou as mãos nos bolsos da calça e me permitiu continuar.

- Arthie, eu juro que estou tentando entender você. Mas por mais que eu tente, não consigo achar o fio que leva você a desistir de uma relação, que até poucas semanas era a sua luta diária e partir para uma outra, totalmente oposta. Não estou sendo preconceituoso, de maneira nenhuma. Você me conhece e sabe que eu não sou idiota ao ponto de julgar as pessoas por qualquer motivo, mas - baixei a cabeça e tentei procurar a melhor forma de falar sem me contradizer - ela é negra e pobre. Como você mesmo disse, tem quase instrução nenhuma...

- Não fica bem para o reino, uma rainha consorte, negra, pouco instruída e oriunda do povo. - ele concluiu o que eu estava pensando.

- Isso. - soltei o ar que estava prendendo e concordei

- Dave - ele voltou a sentar-se em sua cadeira e cruzou os braços, apoiando a cabeça no encosto - Nos últimos vinte anos, Concórdia vem clamando por uma Rainha Consorte. Primeiro mamãe tentou me empurrar para a princesa de Aillim, depois para a duquesa de Boreal, depois para a princesa de Sosseleine. - ele fixou os olhos nos meus - Você nunca se perguntou porque eu não aceitei esses arranjos?

- Porque você ama Timby.

Percebi que entraríamos em um assunto delicado. Endireitei minha postura e apoiei-me em um dos braços da confortável poltrona de seu escritório particular.

Quando era confrontado, Arthur tinha a mania de soltar um risinho e interrompê-lo, enquanto lhe mandava uma mensagem sarcástica com o olhar. Mas dessa vez ele não transmitia sarcasmo; seu olhar era dolorido e triste.

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