º ● Capitulo 41 ● º

524 70 99
                                    

POR FREDERICH

O desaparecimento de Sua Majestade poderia parecer uma travessura para qualquer outra pessoa naquele palácio, menos para mim. Eu tinha certeza de que ele estava aprontando alguma coisa, e "sumir" era uma estratégia muito bem calculada pela mente maquiavélica de Arthur Phillip. O rei era um homem muito inteligente, um estrategista nato e um articulador meticuloso. Algum plano ele tinha em mente.

Depois de assistir aos frequentes ataques da rainha-mãe a cada falta de notícia que alguém trazia para o palácio, me recolhi no meu quarto e pedi para não ser interrompido por absolutamente ninguém, até a hora do almoço. Aquelas manifestações exageradas, era o cumulo do absurdo e do descontrole, para não dizer que era pura loucura e necessidade de se aparecer da senhora que deveria exalar bom senso e sanidade mental.

Eu tinha acabado de receber notícias de Celine por telefone, depois de uma ligação feita para avisar que não retornaria naquele dia e explicar as razões. Infelizmente, não tinha conseguido falar diretamente com ela, pois estava ocupada em seus estudos.

Depois do almoço, me reuni com o primeiro ministro e Dave, para traçarmos uma estratégia - desnecessária - para localizar Arthur. Dos dois homens à minha frente, o primeiro ministro era o único que parecia realmente se importar com o que estava acontecendo. E pela postura de Dave, eu sabia que ele era participante ativo do plano do rei.

No final da reunião, resolvi colocar as coisas às claras com Dave. E lembrá-lo que, ele e eu estávamos em pé de igualdade no quesito "fidelidade" à coroa.

- Bom, esse é seu ponto de vista, Alteza. Eu posso tranquilamente confirmar que sabia sim, mas não tinha conhecimento de que a moça se encontrava sob sua proteção. O que não é mentira, eu realmente não sabia que ela estava em Blanchet.

- Bom, um ponto de vista, é um ponto de vista, em qualquer circunstância, Corbes. Depende de quem está contando.

 Depende de quem está contando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- É claro que sim. - ele parecia estar entendendo o que eu queria dizer - E com isso parece que eu tenho algum tipo de rabo preso com você. Certo?

- Especialmente. Espero que isso não crie nenhum tipo de mal-estar entre nós. Eu realmente não tenho intenção alguma em lhe prejudicar. Desde que eu não me prejudique de alguma forma.

- Frederich, falando francamente, eu acho que você conhece muito pouco de seu irmão. E eu sei que não devo aconselhar um homem estrelado como você, mas, acho que deveria prestar atenção em Arthur de um jeito menos agressivo. Independentemente da situação e das implicações dela, seu irmão jamais lhe faria mal algum.

- Não sei. Como você mesmo disse, eu não o conheço. E nesse caso, eu não tenho porque esperar o melhor de quem eu não conheço. - concluí, cruzando os braços e encostando-me na mesa.

- Deixe-me ser mais claro, por favor. - ele franziu o cenho e ergueu uma das sobrancelhas - Arthur nunca vai lhe acusar pelo "rapto" da namorada dele. Então, se você tenciona devolvê-la em breve, pode fazer isso tranquilamente. Ele só quer a mulher que ele está apaixonado de volta.

RAINHA CONSORTEOnde histórias criam vida. Descubra agora