º ● Capitulo 12 ● º

540 104 177
                                    

POR ARTHUR PHILLIP

Os sons do amanhecer me despertaram

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os sons do amanhecer me despertaram. Abri um olho, depois o outro e sorri para mim mesmo ao me dar conta da inusitada situação onde eu e Celine havíamos dormido juntos, no meio do campo, literalmente no meio do nada.

Movi a cabeça um pouco para encontrá-la adormecida, encolhida, bem junto ao meu corpo. Não me lembro exatamente do momento em que aquilo aconteceu, mas pelo cenário ao nosso redor, tínhamos conseguido terminar a garrafa de vinho ruim e comido todas as frutas da cesta. Algumas lembranças vinham à mente, mas desordenadas. Eu sorri para mim e de mim.

"Dormir com uma garota, ao relento...nada mal para o rei de Concórdia".

Levantei-me devagar, para não acordá-la e caminhei até a beira do pequeno monte onde estávamos e olhei em volta. Agora que eu tinha feito a proposta, teria que cuidar dos assuntos burocráticos pertinentes a ela. Não seria uma batalha fácil. Eu tinha uma decisão e três pessoas difíceis para notificar e encarar: a rainha-mãe, meu assessor e Timby.

Embora eu tivesse cem por cento de certeza do que havia decidido. Lidar com o mau humor de minha mãe e os questionamentos de Dave e Timby seria um tanto quanto desestimulante. Mas eu não queria e nem iria voltar atrás. Se Celine me aceitasse, eu mandaria buscá-la para viver comigo no Palácio. E quando finalmente estivesse pronta, nos casaríamos.

Passei a mão no rosto e esfreguei meus olhos. Como era possível que ela tivesse mexido tanto comigo? Eu tinha sentimentos que até então não havia percebido possuir.

Lembranças do dia do almoço, dos encontros furtivos que tivemos nos caminhos do acampamento, das conversas que tivemos ali, no lugar que escolhemos para ser secretamente nosso, da conversa na noite passada juntos, dançavam em minha frente como se estivessem numa tela de cinema. Era possível que em pouco tempo uma pessoa se tornasse tão importante? Ela me fazia sentir falta de algo, me fazia desesperadamente precisar dela, tê-la por perto. Saber que quando eu voltasse para casa, ela estaria lá.

Percebi que apesar da minha condição, eu me sentia confortável com esses pensamentos. Era como se eu não pudesse tê-los com mais ninguém. - balancei a cabeça para afastar outro pensamento indesejado e inapropriado para aquele momento que me invadia - Eu não sentia-me dessa maneira quando pensava em Timby. Aliás, eu nem tinha lembrado de nós naqueles últimos dias. - o infeliz pensamento se processou.

Consultei em meu relógio e olhei o horizonte. Uma linha alaranjada sobrepunha outra acinzentada. Em alguns minutos o sol surgiria e eu queria muito assisti-lo nascer em companhia de Celine. Andei rapidamente até o local onde ela dormia e a abaixei-me ao seu lado.

- Cel! - pousei a mão em seu ombro e sussurrei baixinho

Ela despertou e sentou-se rápido. Visivelmente confusa, olhou a cena em volta e passou a mão em seus cabelos, arrumando-os.

RAINHA CONSORTEOnde histórias criam vida. Descubra agora