º ● Capitulo 30 ● º

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Na semana seguinte...

POR  FREDERICH

Devidamente fantasiado, desembarquei na Base Aérea do Aeroporto Internacional de Concórdia, onde um carro oficial me aguardava

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Devidamente fantasiado, desembarquei na Base Aérea do Aeroporto Internacional de Concórdia, onde um carro oficial me aguardava. Respirei profundamente e olhei em volta, como se custasse a acreditar que eu estava realmente naquele lugar.

Concórdia me trazia os piores sentimentos e lembranças. Eu não gostava dali. E sempre que a obrigação me fazia pisar em solo Concordiano, eu desejava ansiosamente o fim daquilo. Naquele dia não foi diferente. Mal aterrissei, iniciei a contagem regressiva para o retorno.

Uma pequena aglomeração formada por curiosos e repórteres se amontoavam no gradil do aeroporto para ver ou noticiar a chegada do príncipe de Concórdia. Totalmente alheios ao meu desgosto pelo título, eles gritavam meu nome e pediam para posar para fotos. Pedidos que foram ignorados. Eu não estava ali para um passeio, estava a trabalho, e de maneira não autônoma.

"Se ao menos me reconhecessem como um militar... Mas não, faziam sempre questão de me lembrarem sobre essa maldita nobreza."

Entrei no carro e, sem dificuldade, cruzamos os portões da área aeroportuária, seguindo em direção ao Palácio de Concórdia.

Imaginei como seriam meus próximos dias em minha hospedagem oficial. Seria uma tortura sentar-me à mesa com a Rainha-Mãe e o boneco monarca filho dela. Pior ainda ouvir os elogios direcionados a ele, com a única intenção de me provocar, enquanto era deliberadamente ignorado por Cordélia. Eu não conseguia contar nos dedos as vezes em que havia desejado que ela realmente me esquecesse a ponto de, nem sequer mencionar-me. Mas para minha infelicidade e desgraça, ela era obrigada a me incluir nos eventos da família, e tínhamos que nos tolerar mutuamente nessas infelizes ocasiões em que éramos forçados a compartilhar o mesmo ambiente.

- Sua Majestade está na residência oficial essa manhã? - perguntei assim que cruzei os portões do Palácio de Concórdia.

- Sua Majestade, teve um compromisso fora e infelizmente não poderá recebe-lo, Vossa alteza. - O motorista respondeu olhando-me pelo retrovisor.

"Graças a Deus."

- Entendo. E a Rainha-Mãe? - prossegui com o interrogatório, que tinha mais vezes de autoproteção que de interesse.

- Sua Majestade, está ocupada com a preparação dos eventos dessa semana. Ela e a princesa de Sosseleine estão cuidando dos preparativos no palácio mesmo, senhor.

- Madeleine está em Concórdia? Desde quando? - perguntei realmente curioso.

- Desde a chegada do Rei Arthur, Vossa Alteza.

"Essa não perde tempo. Não sabe se quer um lugar no reino ou entre os meus lençóis."

Desembarquei do veículo oficial admirando a imponência e suntuosidade do Palácio de Concórdia. Uma coisa eu não podia negar, a Rainha-Mãe continuava fazendo um excelente trabalho, com relação à preservação das propriedades reais. A construção estava impecavelmente conservada. Embora, o real motivo para que tudo fosse mantido, nada tinha a ver com a história do lugar, e sim para demonstrar superioridade e poder. Pena que aquelas paredes abrigavam bem mais que poder. Ali, além da família mais poderosa do país, moravam segredos sujos e os gritos de uma criança de cinco anos, pedindo que por favor o "irmão" não deixassem levá-lo.

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