º ● Capitulo 56 ● º

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Na semana seguinte...

POR CELESTE

Os dias passavam um após o outro. Arrastados, como se uma pesada bola de ferro os impedissem de avançar livremente. Eu passava a maioria deles em meu quarto, no palácio de Esmer, graças a mais um dos gestos "bondosos" de minha irmã. Eu ficaria em Concordia até o dia de sua coroação, e no dia seguinte eu seria transferida para Aillim.

Eu estava acompanhando os eventos todos à distância, em salas fechadas, nos espaços onde eles aconteciam, sempre acompanhada por um guarda real. Ela sabia que eu estava lá e parecia especialmente feliz em esfregar em minha cara que estava conseguindo se portar como uma futura rainha. Como se eu não soubesse que um grito mais alto a faria borrar as anáguas, de medo. Por trás daquela aparência nobre e polida, a Celine medrosa e insegura ainda estava lá. E era apenas uma questão de tempo até que ela ressurgisse.

Depois do almoço, fui informada da presença de Sua Majestade ao palácio. Um dos serviçais avisou-me de que era esperada por ele, no gabinete.

- Boa tarde, Majestade - entrei na sala e notei que ele não estava sozinho.

- Senhorita Verditte! - ele me cumprimentou à distância e com um leve menear de cabeça - Esse é o capitão Steve Coulson. Como sabe, sua irmã deseja sua presença em nossas bodas, de acordo com os termos estabelecidos por ela. Sendo assim, a senhorita agora será sempre acompanhada pelo capitão em todos os eventos e em Aillim, sua próxima morada.

- Uau! Que generosidade! Vocês me tiram a liberdade e agora me oferecem um cão de guarda. Devo alimentá-lo a cada três ou quatro horas? - ela sorriu debochadamente - Eu nunca tive um animalzinho de estimação antes. Esse é até bonitinho. - olhei para o homem que continuava de pé ao lado de meu futuro cunhado, como se fosse um boneco de cera.

- Eu sugiro que a senhorita respeite a patente do capitão. Ele não é seu empregado, está a meu serviço, para cuidar que o evento mais importante da vida de sua irmã não seja marcado por qualquer incidente. - ele se aproximou um pouco de mim.

- Está com medo de que eu faça alguma coisa, majestade? - o desafiei olhando diretamente em seus olhos.

Ele caminhou lentamente até ficar bem próximo a mim, sem desviar os olhos dos meus.

- Eu, em seu lugar, não me atreveria a cometer nenhum outro deslize, enquanto estivesse sob custodia do reino. Gostaria de lembrá-la que aqui, não tem qualquer influência. Não é irmã de Celine, não é cidadã de Concordia. Não tem qualquer proteção ou imunidade dentro dos limites desse estado. Não teremos qualquer consideração, se por acaso tentar bancar a espertinha e aprontar mais uma vez.

 Não teremos qualquer consideração, se por acaso tentar bancar a espertinha e aprontar mais uma vez

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- Celine jamais permitiria que algum mal me sobreviesse. - refutei a ameaça.

- Ela nem sequer saberia que algo lhe aconteceu, senhorita. - ele falou entre os dentes, visivelmente irritado, me fazendo entender exatamente o que queria dizer.

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