º ● Capitulo 20 ● º

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Pandora.

Um mês e poucos dias depois...

POR CELINE

E finalmente estava tudo acabado e o dia de me encontrar com Arthur estava chegando.

Enquanto me ocupava de arrumar minhas roupas em uma mala, imaginei como seria encontrá-lo depois dessa breve separação? O que ele sentiria quando nos olhássemos de novo? Como eu me comportaria? Como reagiria às novidades e primeiros contatos? Será que eu faria tudo certo? Eu não queria que o trabalho dos professores e tutores fossem em vão. Eu procuraria valorizar cada palavra dita, cada lição ensinada, tudo! Absolutamente tudo. Foram dias intensos de aprendizados, tantas regras, costumes, modos, historias, coisas que nunca imaginei. Será que eu daria conta?

No dia seguinte meu destino estaria definitivamente mudado. Meu rumo era totalmente diferente do previsto. E pela primeira vez senti vontade de agradecer à força do universo que havia reescrito a minha história e me dado uma nova chance.

Sentada sobre os meus calcanhares, diante das poucas roupas que eu tinha fiz uma coisa que Arthur havia me ensinado em um dos nossos encontros na colina: rezei. Ele me disse que eu teria que professar minha fé quando estivesse para ser coroada. E com as aulas recentes que tive, aprendi que ele era o Rei, Chefe das Forças armadas e também da Igreja Católica de Concórdia. Logo, eu teria que confessar-me e converter-me ao catolicismo, religião predominante no meu novo país.

 Logo, eu teria que confessar-me e converter-me ao catolicismo, religião predominante no meu novo país

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Não me lembro exatamente as palavras que disse, ou quanto tempo durou a minha prece. O que senti foi o mais interessante. Não senti alivio ou paz, como havia me dito, uma inquietude tomou conta de mim e eu me vi arrastada para o centro de lembranças dolorosas e tristes. Meu coração parecia que iria saltar do peito, tamanho era o descompasso de suas batidas. Minha infância, os tempos difíceis, as lágrimas, as dores, as noites dormidas em locais inóspitos, a fome, o medo, a tristeza... Os olhos de Arthur. Tudo ali, ao meu redor, dançando como fantasmas numa noite assombrada.

Fechei a mala e os olhos. Eu já havia decidido. Não iria voltar atrás.

"O medo é o escudo dos fracos. E eu não sou fraca. Não mais."

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POR CELESTE

Os preparativos para a festa de despedida de Pandora corriam a todo vapor. Nem mesmo quando da visita do Rei ao acampamento, o refeitório havia estado tão movimentado e barulhento. Pessoas entravam e saiam, o barulho de talheres e pratos sendo desencaixotados eram alegremente ensurdecedor. Eu estava na cozinha, ajudando Rashard com os alguns preparados. 

 

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