Você não podia deixar de olhá-lo demoradamente, ele tinha um maxilar bonito, lábios finos, nariz torto e olhos quentes. É claro que você sabia que queria ele, mas ele estava sempre tão concentrado nas coisas que passavam em sua mente que sequer levantava o olhar pra você, e era frustrante.
Você não sabia exatamente o porquê que ele nunca olhou pra você.
Sendo uma garota rica, bonita e desejada. Todos os garotos queriam você e rastejavam aos seus pés, e era cômico o fato de que você queria um garoto que não te queria.
Ele buscava a irmã adotiva sempre adiantado, e você sempre olhava pra ele, e ele nunca olhava de volta.
Já Arvin sabia da sua existência, e merda, você é uma garota extremamente bonita, ele não tinha como não reparar em você, acontece que ele fez um pré-julgamento ridículo, você andava como uma lady, nasceu em um berço de ouro estava sempre usando roupas caras e seu cabelo era impecável. Ele sempre achou você metida e estúpida, sem nem conhecer você.
É claro, que ele reparava em você quando não estava olhando, e sabia que você o encarava, provavelmente achando o que todos da cidade achavam dele, um tarado que transava com a irmã adotiva. Aquilo era ridículo!
Até aquele dia fatídico. Leonora saiu mais tarde da escola, o que deixou Arvin furioso e preocupado, mas surpreso quando a irmã saiu a sua companhia. A diferença era óbvia, você desfilava e sorria dando tchauzinhos, enquanto Leonora apertava seus livros contra o peito andando rápido.
-Oi, podemos dar carona a Sn? - Leonora perguntou com um sorriso pequeno, Arvin não soube o que responder de início.
Logo ele observou seu sorriso malicioso.
-Por favor, eu não vim de bicicleta e parece que vai chover - você fez um biquinho sedutor, ele suspirou e sinalizou para entrarem.
-Entra aí! - as garotas entraram animadas, e ele se perguntou em desde quando você e Leonora eram amigas.
-Obrigada - você disse com um enorme sorriso. Ele observava você pelo retrovisor, e desta vez você sabia disso, mal podia segurar seu sorriso, então decidiu encará-lo pelo espelho, desviando o olhar rapidamente.
-Eu fico aqui, até mais S/n, e obrigada por hoje.
-Disponha - você sorriu e a observou sair do carro - Para onde ela está indo mesmo?
-Conversar com a mãe - Arvin respondeu. Você passou para o banco da frente - O que está fazendo?
- Relaxa. Você tem mais um desse?
- O que? - ele perguntou extremamente calmo, desviando o olhar para suas coxas naquela saia minúscula, o creme corporal realmente mostrava algo que Arvin nunca poderia tocar.
- Cigarro - você esclareceu sendo simples.
- Não - ele respondeu sendo grosseiro.
- Tudo bem então - você tirou o cigarro dos lábios dele e tragou rapidamente, ele estacionou o carro muito surpreso, e você se encostou na porta rindo e soltando a fumaça do ar - A gente divide esse!
- O que você está fazendo, ein? Se metendo com a minha irmã?
- Achando um jeito de ficar a sós com você, e veja, deu certo! - você sorriu ansiosa para ter uma conversa com ele, Arvin era diferente dos outros garotos...
- Você é louca! Saí do carro! - ele mandou.
-Não! - você respondeu devolvendo o cigarro a ele, no mesmo instante que a chuva torrencial começou a cair, você riu.
-Merda! - ele começou a dirigir enquanto você ia ao lado dele, roubando o cigarro de quando em quando - Você é sempre tão intrometida?
- Intrometida? - você tentava não se abalar com a dureza das palavras dele, seus métodos corajosos.
- Sim! As pessoas realmente suportam você? Você se meteu com a minha irmã pra ficar sozinha comigo? Que tipo de garota faz isso?
- O que você quer dizer? Acha que eu sou uma vadia?
- Bem, é o que você está dizendo, não eu! - Ele riu achando você pior do que imaginava.
Você soluçou tendo a primeira decepção amorosa, ele olhou para você rapidamente, e se arrependeu. Antes que pudesse dizer alguma coisa, você abriu a porta do carro, ele estacionou bruscamente, e você simplesmente saiu correndo. Ele tentou impedir, e correr atrás de você, mas foi inútil.
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Arvin não conseguiu tirar você da cabeça, principalmente pelo fato de ter se surpreendido com seu choro e seu olhar decepcionado, talvez desiludido e machucado. Ele sabia que precisava te pedir desculpas.
Foi difícil fazer isso, e foi meio estranho pra ele não sentir seu olhar durante a saída. Ele esperou que você ao menos vacilasse o olhar, mesmo que rápido. Mas não, você ignorou.
-E Sn? - Arvin perguntou a Leonora.
- Ela anda bem estranha. Achei que ela gostava de você, pelo modo que te olhava, e perguntava de você.
- Impossível, uma garota mesquinha como ela?
-Arvin! Ela não é assim, se surpreenderia!
Depois que deixou a irmã no cemitério, ele se pegou indo em direção a estrada da sua casa, você pedalava, parou o carro um pouco mais a sua frente, saindo em seguida. Você permaneceu na bicicleta.
-O que você quer?
-Me desculpar - Arvin se pegou achando bonito o seu rosto zangado - Você não é uma vadia, e eu nunca pensei em algo parecido. Intrometida e mesquinha talvez tenha passado na minha mente, mas não vadia.
-Vai se fuder, Arvin Russell - você começou a pedalar, mas ele parou você com um sorriso cínico, era um sorriso bonito.
-Eu realmente gosto quando fala palavras sujas!
-Eu não me importo!
-Sn - ele se aproximou - Por que uma garota tão limpa como você, iria querer alguma coisa comigo?
-Se você soubesse como meu pai conseguiu essa fortuna, não me acharia tão limpa - ela sussurrou de volta - E eu ainda estou zangada com você.
- Eu venho te encontrar aqui, todos os dias - ele gritou enquanto você pedalava sorridente.
Um pouquinho de Arvin para todas nós
Até a próxima
All the love
-DS🍉
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Imagines
FanfictionLer é a melhor válvula de escape! P.P. - Peter Parker T.H. - Tom Holland A.R. - Arvin Russell A única regra é se apaixonar