A.R.: Persistência - Parte 7

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Albert entra na ponta dos pés, o coração dele está tão acelerado que Bea pode escutar logo a frente dele.

– Você tem certeza que ele saiu? - Albert pergunta medroso.

– Tenho certeza, absoluta! - Bea responde - Não precisa sussurrar!

– Estou com medo - Albert se encolhe - Papai disse que ia cuidar disso.

– Temos que achar prova do crime - Bea revirou os olhos - Se quiser então, fique de guarda e me avise quando ele chegar.

– Vamos embora, por favor.

– Pare de ser medroso! - Bea está perdendo a paciência - Veja bem como as coisas estão antes de mexer. E use luvas!

– Está bem - Albert choramingou colocando as luvas.

Ele ainda não sabe ler, ele sabe ler seu próprio nome, melhor dizendo, Albert está aprendendo a ler, ele sabe o nome de todas as cores, o de Philip e o seu. Ele reconheceu seu nome em um papel, e chamou Bea.

– O que tá escrito? - Ele perguntou alto.

– Eu não conheço algumas palavras - Bea fica confusa.

– Como assim? - Albert bate o pé - Você é a pessoa mais inteligente depois de Philip!

– Eu estou aprendendo, seu bebezão! - ela mostra a língua pra ele - O que foi isso?

– O que foi o que? - Albert se aproxima dela com medo - Achamos uma coisa, vamos embora!

– Precisamos de mais, Albert, a justiça favorece os homens, papai sempre diz isso, precisamos de mais!

– Eu não quero mais fazer isso, estou com medo - Albert começa a chorar.

As crianças se escondem atrás do balcão da cozinha e olham para a porta, ela se abre com um estrondo e Bea cobre a boca do amigo para ele não gritar, ele está desesperado, chorando, ele quer gritar por Philip.

– VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO - o homem grita quebrando o abajur, ele caminha para a cozinha e Bea se movimenta com o amigo - Vou matar todos eles, e ficar com aquela puta!

Albert está respirando alto, ele está em pânico e Bea faz sinal de silêncio, ele quer correr dali. A garota guarda o papel e observa Bouvier. Ela sabe que ele é esperto, seu pai sempre diz para não subestimar. Quando Bouvier levanta a cabeça e franze o cenho, Bea sabe que ele percebeu que eles estão na casa dele. O pior vem agora, ela também está apavorada, mas Albert está pânico e alguém precisa estar com a cabeça no lugar. Bea precisa correr para o pai, Harrison é delegado e sempre tem algemas e arma no bolso.

– Quem está aqui? - Bouvier pergunta alto e Albert choraminga medroso, ele escutou, Bea sabe que escutou. Ela corre silenciosa com Albert e escondem embaixo do armário. Albert abraça a amiga com tanta força que Bea se sente se ar. 

Alguém bate na porta. Bouvier tem os passos pesados até a entrada. Bea observa e puxa Albert.

– Boa noite, Sr. Bouvier - é a voz de Philip - Sinto muito incomodar a essa hora da noite.

– Boa noite, está tudo bem. Algum problema?

Bea abre a porta dos fundos silenciosa e Albert corre para fora com ela. Antes que eles possam pular a cerca, alguém os puxa pela cerca com violência.

– MAS QUER MERDA! - é Philip - Vocês ligaram as luzes, eu olhei vocês, o que estavam fazendo?

– Philip - Albert chora agarrado a perna dele e Bea sorrir com a adrenalina.

– O que foram fazer lá? - Philip continua zangado.

– Conseguir provas, cadê o papai? - Bea pergunta tirando o papel dos bolsos e Philip toma de suas mãos.

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