T.H.: Monstrinhos - Parte 4

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-Oi bebê - Tom disse baixinho, ele observou os grandes olhos iguais aos dele o observando, a criança se mexeu ainda o olhando com extrema curiosidade - Isaque, seu nome significa filho da alegria. 

Tom o pegou no colo, o recém nascido ainda o olhava curioso, tudo aquilo era novo pra ele. Aquele espaço, aquelas pessoas, aqueles cheiros… exceto pela sua voz e a de Tom, o resto era desconhecido pra ele e sua gêmea.

-Você e sua irmã, são as coisinhas mais lindas que eu já vi na vida - Tom continuou sussurrando, alinhando o corpo quentinho e mole da criança em seus braços, ele aproximou o rosto beijando a testa de Isaque, a criança segurou o dedo mindinho do homem, observando os objetos ao seu redor pela luz fraca do abajur - O que você faz acordado? Ein?!

Tom o balançou levemente, se aproximando do boneco do Homem Aranha. Tudo bem, era ele mesmo em versão de um dos seus papéis mais famosos e reconhecidos. E talvez tenha sido presunção ter dado aquele boneco para as crianças, mas você tinha amado. 

-Olha, esse sou eu! - Tom disse e a criança olhou o boneco - Você gosta? Não? Talvez, uma pelúcia?

Ele deixou o boneco puxando um urso azul, a criança não parecia muito interessada naqueles objetos. Então, Tom se sentou próximo a janela.

-Eu quero que saiba que eu amo muito vocês, sua mamãe, sua irmã, e você meu pequeno anjo - Tom continuava sussurrando - Eu queria ter sido menos covarde, e espero que você seja mais forte que eu. Filhos são mais evoluídos, minha mãe sempre diz isso. Você vai gostar dela, ela canta e faz ótimos biscoitos…

- Tommy? - Tom se virou observando seu corpo parado na porta do quarto, seu corpo vestido em um pijama leve cor de rosa, você sorriu pra ele. 

Seu coração se enchia de amor quando o via segurando seus bebês, você literalmente chorava de emoção. Ele sorriu pra você com os olhos brilhantes, e voltou a olhar o bebê em seu braço, quase adormecido.

-Estávamos conversando - Tom sussurrou pra você. Seus passos foram leves em direção a ele, observando o rosto do seu filho piscando sonolentos, você abraçou os ombros de Tom e ele descansou momentaneamente a cabeça entre seus seios - Ele é um ótimo ouvinte, como você!

Vocês sorriram, um leve sopro de narinas e esticar de lábios. Você acariciou o cabelo de Tom, enquanto ele embalava a criança sonolenta, ele cantarolou Brilha, Brilha Estrelinha, para Isaque. 

Quando a criança dormiu, ele deixou no berço ao lado da irmã, que roncava baixinho. Ele também a beijou e vocês saíram do quarto.

-Tudo bem? Tessa me acordou - você disse acenando para a cadela dormindo em cima da sua cama.

- Eu usei a chave extra, pra emergência - ele confessou pegando sua mão - Eu sei que, nós não estamos mais juntos, e que… você precisa de espaço com eles, mas eu. Eu precisava saber como vocês estavam.

- Tudo bem - você disse com um sorriso pequeno - Estamos bem. 

Você não sabia muito o que dizer, durante sua gravidez seus deslizes persistiram, beijos e sexos aqui e ali. Você o amava, e ele amava você. Tom estava sempre cheio de holofotes por todos os lados. E até ele ver seus bebês na maternidade, ele não conseguia se ver com esse tipo de sonho que você nutria. Mas ele fez uma escolha, que o trouxe aquele ponto. Que não podia voltar atrás.

-Você pode dormir aqui, se quiser - você deu a ele sua permissão - Pode acordar comigo daqui duas horas com o choro da Thalia com fome. Eu consigo amamentar Isa antes de dormir, mas a Lia é tão teimosa.

- Eu ia gostar disso, ela gosta de me ver e eu gosto de ver ela.

- Eu sei que gosta! - você sorriu satisfeita, ambos deitaram na sua cama e ele se aproximou acariciando seu ombro.

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