T.H.: Filhos

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Tom está cansado, extremamente cansado. 

Ele sabe que está sendo difícil pra você também, você carregou o bebê por nove meses, e não foi uma gestação fácil.

Sentiu dor na maioria do tempo, e seus hormônios estavam descontrolados. A criança de qualquer forma parecia continuar testando os limites de vocês. 

Tom não culpa você, de forma alguma, mas você o sente distante. 

Naquela manhã você acordou mais cedo, ouviu o silêncio e observou o sol iluminando o quarto lentamente. 

Novamente você pensa o quão cansativo as coisas andam, você nunca mais teve um tempo de namoro com seu marido. Você estava sempre chorando, nervosa demais pra cuidar do próprio filho, pensamentos distantes sobre como seu corpo mudou durante e depois da gravidez. 

Você decide naquela manhã que realmente precisa de ajuda psicológica, depressão pós parto é comum, e você precisa lutar como Tom tem lutado. 

Você se movimenta e o abraça, sente o coração dele batendo pelas costas, a pele macia e lisa dele, quente e cheirando a sabonete. 

– Que horas são? - ele pergunta em um sussurro rouco.

– Não vi ainda - você sussurra de volta.

– Nunca mais tinha ouvido silêncio pela manhã, isso é bom - Ele diz rouco ainda, ele segura sua mão e suspira, aproveitando.

– Eu amo você - você diz e beija a nuca dele.

– Eu também amo você, querida. E o nosso cantor de ópera - vocês riem baixo - Eu realmente sinto muito, que a gravidez tenha sido tão dolorosa pra você. 

– Não foi horrível o tempo todo - Você respondeu envergonhada.

– Eu sei, que nos casamos pensando em uns quatro ou seis pirralhos pela casa - Ele se vira para dizer a você. E se lembra dos planos que fizeram junto ao casamento - Mas eu vou entender perfeitamente, se não quiser outro. Tenho certeza, que o nosso pequeno William, nos dará trabalho multiplicado. 

– Obrigada, eu realmente, não estou pensando em ter outro bebê - você não quer chorar, mas sente as lágrimas em seus olhos.

– Está tudo bem, o corpo é seu, é você quem deve decidir isso - Ele faz carinho no seu rosto - Foi torturante observar você sentindo dor. Se eu pudesse carregá-los por você, eu o faria!

– Tenho certeza que sim - você sorrir e se inclina para beijá-lo - É que… - você chora baixo - Eu… eu realmente queria, seis filhos.

Tom abraça você enquanto esconde seu soluço no ombro dele. É doloroso isso, você sabe tem uma escolha, ter seus bebês e sentir toda aquela dor, ou apenas não ter filhos. É difícil de ambas as formas. Você sempre foi filha única, e sempre achou uma maldade enorme deixar uma criança crescer sozinha. Tom sabe disso.

– Podemos adotar - Tom sussurra, e vocês ouvem o choro de William - Vou trazê-lo.

Ele acalma você antes de ir buscar Willie, você carrega seu bebê, preparando para amamentar. Aquilo virou rotina pra vocês.

Ele tenta facilitar as coisas pra você enquanto se recupera. Logo pela manhã, ele leva Willie para você, que está na cama e alimenta o bebê. Enquanto isso, Tom faz seu café da manhã, seguindo tudo que a nutricionista recomendou, para você e o bebê. Ele leva o café na cama, enquanto faz o bebê arrotar, logo depois o põe na cama enquanto termina de comer com você. 

Depois ele faz algumas coisas diárias, arrumar a casa principalmente, você geralmente o ajuda, e depois aproveitam William. O filho de vocês, reconhece todo o sofrimento, William é a sua luz, o amor da sua vida. Vê-lo com Tom também é apaixonante, geralmente você chora de emoção.

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