A.R.: Persistência - Parte 3

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Você sabia que Arvin não estaria bem, mas existe algo de errado. Ele está escondendo alguma coisa de você. Seus pensamentos estão ansiosos, você não consegue pensar em nada de concreto. Ele está deitado ao seu lado, e antes que ele dormisse vocês estavam se olhando profundamente, ele não beijou você, e nem tentou, embora sente saudades do amor dele compartilhado pelo beijo. De qualquer forma, você continua o observando.

Tenta decifrar algo enquanto ele sonha, é bom tê-lo novamente, é bom saber que você ainda o conhece, para saber que existe algo de errado. Você se aconchega perto dele, não parece estranho tê-lo de volta, parece que ele nunca se foi.

Como previsto pra você, ele se mexeu na cama desconfortável, respirando alto e expressão de dor enquanto dormia, sonhos ruins, você o abraçou durante o sono e dormiu.

Quando você acordou pela manhã a cama estava vazia. Pensou ter sonhado com tudo, mas a pequena mala de mão ainda estava em cima da cadeira. Você levantou e observou pela janela o quintal, Arvin estava carregando Albert, eles conversavam sobre algo, enquanto Arvin apontava para cima, observou a lua ainda no céu pela manhã e sorriu um pouco, imaginando o que eles estavam falando.

Seus olhos ligeiramente passaram para a casa vizinha, e viu Bouvier te encarando. Arfou de susto inicialmente. Ele olhava para você e se sentia nua e suja. Fechou as cortinas rapidamente e desceu as escadas para fazer o café da manhã. 

– Bom dia - Philip diz sorridente - Eu fiz café gelado.

– Bom dia e obrigada por isso - você beija a testa dele.

– Albert acordou bem cedo, ele me cutucou e perguntou: O homem na cama da mamãe é o papai? E eu disse: Sim, é o papai. E ele correu de volta para o seu quarto.

– E quanto tempo eles estão assim? - Você pergunta espionando os dois pela janela da cozinha.

– Um tempo, eles foram até o trailer, enquanto eu fazia o café da manhã, acho que Albert estava mostrando os desenhos que fez.

– Você ainda não os chamou para o café?

– Não achei justo retirá-los dali - Philip também olha para eles rapidamente. 

– Começo esse olhar. Não se preocupe, ainda é o irmão dele, Albert vai te procurar para muitas coisas - Você diz acariciando os cachos de Philip e ele riu negando, porque você o conhece bem - Como você está?

– Estranho, não sei como conversar com ele - Philip dá de ombros rapidamente. 

– Eu também não - você confessa - Acho que isso leva tempo.

– Não estou reclamando, você sempre fez um trabalho incrível comigo, sempre podia contar com você em qualquer hora do dia ou da noite, mas sempre que algo bom ou ruim acontecia, eu o queria aqui, conosco. E agora, nós temos isso, e eu não sei o que fazer.

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Arvin acordou cedo sentindo aquela leve pressão na sua bochecha direita, ele se virou calmamente e observou a criança de quatro anos em pé ao lado dele. Os olhos arregalados o encarando, Arvin percebeu que Albert tem as mesmas íris cor de chocolate, tinha mais inocência refletida através daquela cor familiar, mas assim que ele abriu um sorriso seu coração se iluminou, era o sorriso mais lindo do mundo e o fez sorrir também. A criança literalmente se jogou em cima dele, o abraçando apertado, Arvin correspondeu o abraço com a direita, pois você estava com a cabeça apoiada no braço esquerdo dele, e não queria te incomodar.

– Papa - Albert sussurra e Arvin sente algo estranho inundando seu corpo, ele chora, porque é o som mais bonito do mundo enquanto a criança repete - Papa.

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