Outra caminhada pela manhã, em busca de carona. Você chutava as pedras no caminho enquanto segurava a mão de Arvin. A noite de vocês tinha sido diferente, ele quase não dormiu para checar seu sono de vez em quando, ele olhava a rua pela janela e colocava os ouvidos na porta, e depois voltava ao ciclo.
Você se sentiu incomodada, a cama não era feita da melhor espuma, você tinha certeza, era tão diferente do que estava acostumada. Mas os braços e o peitoral de Arvin fizeram você se sentir mais aconchegada.
Pela manhã, você pediu uma tesoura para a recepcionista, molhou os cabelos e Arvin cortou seu cabelo. Era estranho ter cabelos curtos. Mas ele garantiu que ficou linda.
Finalmente, alguém parou o carro pra vocês, um casal, e você havia gostado de Sandy.
-Você quer um chiclete, querida? - a mulher te perguntou e você sorriu aceitando - Ajuda com o enjôo da viagem, confie em mim.
- Vocês estão fugindo? Para ficarem juntos? - o homem perguntou com um sorriso, você fingiu estar interessada na embalagem do doce, deixando Arvin responder.
- Algo assim - ele deu de ombros.
- Entendo, não é minha querida?
- Amor jovem, nos faz cometer as melhores loucuras - a mulher disse e você riu se aconchegando em Arvin, se sentia cansada enquanto mascava - Já se casaram?
- Ainda não - Arvin respondeu.
- Ele ainda não pediu a minha mão adequadamente - você respondeu se aproximando de Sandy.
- Um pedido romântico é muito importante, Arvin - Sandy disse sorrindo.
- Algumas flores são o suficiente - O homem disse para ele piscando brevemente para Arvin.
- Ele te deu flores, Sandy? - você perguntou baixo, o barulho do carro não deixou Arvin e Carl ouvirem sua conversa.
Arvin percebeu o olhar do homem em você e em Sandy, algo parecia estranho no olhar dele, talvez Arvin já estivesse paranóico, sua proteção pesando sobre você desde que perdeu a irmã. Ele não queria te sufocar isso, tentava controlar seu medo e ansiedade perante outras pessoas perto de você, ele deixou que Leonora vivesse sem seu olhar observador e protetor, e ela foi enganada e morta. Tentou se convencer de que tudo se passava de uma situação pós-traumática, você estava bem, era mais durona que ele, você estava bem. Mas ainda era sua garota, e quando observou o homem morder os lábios com malícia para sua aproximação com Sandy, Arvin, mandou tudo para o inferno. Foda-se sua própria situação pós-traumática, ele enfiaria uma bala no meio da testa daquele homem se tentasse algo com você, enfiaria uma bala em qualquer pessoa que ousasse atrapalhar você e sua vida, ele queria que toda a situação em sua cabeça fodida fosse para o inferno. Ele sempre manteria você no coração dele, protegida e amada o quanto pudesse.
- Sandy, pode parar o carro? Preciso mijar!
Arvin puxou você para ele, beijando sua têmpora, brincou com seus dedos antes de levar sua mão até a sua própria arma, você entendeu o que ele quis dizer. Ainda assim, seu sono fez parecer tudo muito rápido.
O homem levantou, você se sentia enjoada e sonolenta, aquele chá barato no café da manhã não havia caído bem.
Alguém falou sobre almoço, não soube dizer quem, só observou Arvin segurar sua perna com mais força, você segurou sua arma. E de repente, tudo estava feito, e você, tinha uma arma apontada para Sandy.
-Larga a arma - você disse - Eu não quero machucar você! Larga!
-Larga você! - Sandy disse.
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Imagines
FanfictionLer é a melhor válvula de escape! P.P. - Peter Parker T.H. - Tom Holland A.R. - Arvin Russell A única regra é se apaixonar