A.R.: Bonnie & Clyde - Parte 7

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Como você sabia, o carro de Arvin estava estacionado em frente a igreja, você esperou paciente, observando o deserto daquela hora. Você ouviu o primeiro tiro, se assustou. 

Só queria ter certeza de que Arvin estava bem, então, entrou na igreja. 

Arvin olhou para você assustado, ao mesmo tempo queria proteger você da visão do homem sangrando no chão, mas você o viu se mexer, tirou sua própria arma, destravando, você tinha uma mira incrível, seu pai tinha ajudado a aperfeiçoar aquilo, mirou nas bolas dele, e deu seu primeiro tiro em uma pessoa. 

Ainda em silêncio, você e Arvin miraram no peito, atirando juntos.

Estranhamente, se sentiu satisfeita quando observou o sangue jorrando para fora do corpo do homem. Arvin jogou alguns papéis nele e depois puxou você para fora da igreja. 

Ele dirigiu. Vocês ficaram em silêncio, sabia que ele queria passar na sua antiga casa, antes de cruzarem a fronteira. Você não reclamou, então, tudo estava bem, contanto que estivessem juntos. Ele segurava sua mão enquanto dirigia, o choque por ter matado alguém ainda em suas mentes. 

-Você quer parar pra dormir? - você perguntou suave.

- Não, eu estou bem para dirigir. 

- Tudo bem - você riu se aproximando dele, beijando a linha do maxilar que você tanto amava - Vou formular isso. Eu gostaria que você parasse para que possamos dormir.

E como uma ordem o carro parou, engasgou e finalmente morreu. Você suspirou colocando a mochila nas costas, enquanto ele levava sua mala de mão.

Começaram a caminhar de mãos dadas, em frente pela estrada, não pediram carona, a luz de algo no horizonte parecia perto. Um motel, você observou, depois de quase 40 minutos caminhando.

-Olá, boa noite, um quarto por favor? - Arvin disse enquanto você olhava a estrutura do lugar. Não era nada parecido com o que você estava acostumada.

- Vocês têm idade para estarem aqui? - a mulher perguntou, você a observou, cabelo loiro tingido e desdenhado, batom vermelho e muita tatuagem. A gaveta entreaberta mostrava saquinhos de pó branco. Arvin provavelmente não reparou, ele apertou você contra ele rapidamente, instinto protetor, você reparou. 

- E você tem autorização para vender estimulantes? - você sinalizou com o queixo para a gaveta, ela fechou rapidamente, olhando para você de forma esperta, ela olhou para seu Arvin por alguns minutos antes de sorrir e piscar pra você. 

- Esse quarto tem água quente - Ela te entregou a chave, e uns preservativos - Aproveitem.

- Obrigada - você sorriu de volta.

O quarto era agradável, cama espaçosa e luz agradável. Você começou a tirar sua roupa enquanto caminhava até o banheiro, sentia suada e suja.

-Você está com fome? - Arvin perguntou - Posso comprar alguma coisa lá embaixo, pra você.

- Vamos tomar um banho primeiro, sim? - Você perguntou percebendo o nervosismo dele, observando a janela e verificando a porta. 

- Arvin! - você chamou por ele, nua na porta do banheiro - Vamos tomar um banho, por favor.

Você sabia que ele não te diria não. Vocês tomaram um banho demorado, lavando seus corpos e o cabelo.

-Você está bem? - você perguntou enquanto ele te abraçava.

- Estou sim, e isso me preocupa - ele sussurrou de volta - Eu deveria estar bem depois de matar um homem?

- Se fosse qualquer um homem, eu diria que não. Mas estamos falando de um psicopata. Sua consciência deve estar limpa - você disse beijando ele.

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