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Noah Urrea

Duas semana se passara. Hoje eu já estava levando Sina para tirar os pontos da perna e minha pequena não parava de cantar e dizer o quanto estava feliz.

Também já havia comprado nossas passagens para o Brasil ontem mesmo. O destino que eu escolhi foi um que me chamou bastante atenção, se chama Fortaleza e eu me apaixonei por aquele lugar e aposto que Sina também iria gostar.

Comprei para um mês. Mas nós passaríamos uma semana em Fortaleza, depois iríamos para o Rio de janeiro e passaríamos nossos cinco últimos dias em São Paulo capital. Eu aposto que seria bem legal e bem divertido.

Já iríamos nessa sexta, e hoje é terça. Não estava faltando muito. E outra, Sina faria aniversário na quinta e nada melhor do que lhe dar uma viagem dessas de presente. Quem diria que minha pequena bebê já completaria seus dezoito anos.

O único problema é que eu não sei falar muito bem Português. Sei bastante mas.. Eu realmente não sou nem um pouco fluente. É bem difícil de aprender essa língua, cruz credo.

- Já estamos chegando? - Sina pergunta se referindo claramente ao hospital.

- Sim. 

- A Si está ansiosa para poder andar novamente.

- Na verdade, você já pode. Mas tem que tirar o curativo e os pontos antes, e.. Não pense que é só por isso que você vai poder ficar pulando para lá e para cá igual doida. 

- Mas..

- Amor.. Você ainda não estará curada cem por cento, entende? Espere pelo menos um três, quatro dias antes de ficar correndo e pulando.

- Tá bom papai. 

Logo chego no hospital e estaciono o carro do outro lado da rua. Desço e Sina faz o mesmo. Logo entrelaçamos nossas mãos e adentramos ao hospital. Deixo Sina na sala de espera e vou até a recepcionista.

- Boa tarde. - Ela diz simpática.

- Boa tarde. - Digo no mesmo tom. - Marquei esse horário com o Dr.Rafael. 

- Hm.. Qual a operação.

- Minha namorada vai retirar os pontos.

- Ok. Qual o nome da paciente?

- Sina Maria Deinert.

- E o seu?

- Noah Jacob Urrea.

- Certo.. Achei. Terceiro andar, sala dezesseis. 

- Okay, obrigado.

- Desponha. - Sorrio e vou até Sina, que encarava uma mãe segurando seu bebê.

- Vamos? - Pergunto lhe tirando do transe.

- Xim. - Sina se levanta e entrelaça sua mão junto à minha. Logo vou seguindo o caminho que a mulher me falara.

Achamos o consultório e eu bato na porta, logo escutando um " Entre " como resposta, e assim eu faço. Adentro junto a Sina e o Dr.Rafael sorri.

- Veja se não são Sina Deinert e Noah Urrea!

- Nós mesmos. - Sina diz contente e senta na cadeira disponibilizada na frente da mesa de Rafael. Faço o mesmo.

- E pelo o que eu vejo.. - Ele olha Sina de cima abaixo. - Você não está com cadeira de rodas e nem com muletas. Muito feio.

- Mas.. - Sina coça a nuca. - A Si viu que conseguia andar dileito e quiz vir sem nada.

- Ok. Essa eu deixo passar. - Ele ri. - Mas, hoje iremos tirar os pontos, certo?

- Sim. - Dizemos em uníssono.

- Sente-se aqui, Sina. - Sina se levanta e vai até a pequena maca que estava encostada no canto da parede branca. Se senta e logo ergue sua calça de moletom até o joelho. - Hm.. Cicatrizou melhor do que eu esperava. - Diz contente.

Rafael começa a fazer seu trabalho e Sina mordia os lábios com certa força. Não julgo, aliás, quando eu fui tirar os pontos doeu sim. Tive que me segurar para a lágrima não cair.. Foi horrível. Principalmente para tirar os do abdômen. Puta que pariu.

Logo depois de mais uns dez minutos Rafael retorna a sua cadeira.

- Aqui está Sina. - Lhe entrega um pirulito enquanto a mesma se senta em meu colo. - Foi uma boa menina e não reclamou.

- Como se diz?

- Obligado Rafael.

- Não tem de quê, pequenina. Mas.. Agora vamos aos pequenos cuidados, certo? - Assinto. - Cicatrizou perfeitamente bem! Sina pode voltar a fazer suas atividades, porém sem muito exagero. Evite ficar sem correr, pular ou andar muito até amanhã.

- Pensei que seria mais tempo.

- Não, Sr.Urrea. - Ele sorri. - Se Sina não tivesse se recuperado tão bem, ela teria que ficar uns quatro dias de repouso, mas como isso não aconteceu, vai ter que ficar só um.

- Entendi.

- Okay, a nossa sessão acaba por aqui. - Reorganiza alguns papéis. - Podem ir, e tenham uma boa tarde.

- Muito obrigado Rafael, igualmente.

- Tchau Rafa, e obrigado pelo pilulito. - Si agradece e logo saímos do consultório. - Daddy. - Diz parando no meio do caminho.

- Sim?

- Colinho. - Ergue os braços e eu riu.

- Ok, venha. - A pego no colo e Sina entrelaça suas pernas em minha cintura e deita a cabeça em meu peito.

E continua comendo aquele pirulito horrível de morango.

Saio daquele hospital e óbvio, recebemos alguns olhares, mas que se foda! Esse povo só sabe cuidar da vida dos outros.

Eu hein.

{ ... }

- Daddy...

- Sim?

- O que vuxê vai dar para a Si de plesente? - Me ajeito no sofá.

- Surpresa.

- Ah não!

- Ah sim. - Lhe dou um beijo molhado na bochecha. - Só vai saber na quinta.

- Mas vai demorar muito. - Sina reclama e bufa, revirando os olhos e cruzando os braços.

- Larga de birra, baby. - Dou um selinho em seu pescoço. - Você vai adorar.

- Mas a baby quelia saber agola.

- Mas não vai. Agora vamos terminar de assistir o filme.

- Tá bom. - Diz brava e coloca novamente sua chupeta na boca e eu seguro a risada.

Já fazia umas duas horas que havíamos voltado do hospital. Sina me infernizou para assistir ao desenho: Up altas aventuras.

E claro que eu aceitei. O filme tinha começado a uma meia hora. Era bem legal, se eu não me engano, já havia assitido, mas não me lembro ao certo. Estávamos no sofá da sala, eu deitado com a cabeça apoiada nos braços do sofá e e Sina deitada entre minhas pernas, com sua cabeça apoiada em meu abdômen.

Fazia cafuné em seus cabelos e aposto que daqui á pouco Sina dormiria. Até eu estava quase dormindo.

Fala sério. Frio, chuva, carinho... Isso tudo dá um sono danado. Porém eu ainda teria que ver se a viagem já estava com absolutamente tudo certo. Não poderia faltar nada, e quando eu digo nada, é literalmente NADA.

Saio de meus pensamentos assim que ouço Sina bocejar.

- Quer dormir? - Pergunto e Si assente.

- Tô com soninho. - Sorrio e a pego no colo, indo até nosso quarto.

A coloco debaixo das cobertas e ligo o ar quente. Deixo um beijo na sua testa e saio do quarto, indo em direção ao meu escritório.

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Xoxo baby's

My babygirl - NOARTOnde histórias criam vida. Descubra agora