Capítulo 34🦋

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Michelli...

Cá estou eu tendo alta, sai do hospital com o meu pai me levando nos braços, dá pra imaginar a vergonha que eu tô? Não sou mais um bebê gente, o Gui só faz rir da minha cara.

O meu pai me colocou no carro e eu cruzei os braços emburrada, ok agora sim tô parecendo uma criança fazendo birra.

-Tira esse sorriso de quenga do rosto- falei pro Gui que fechou a cara.

-Se não a bebezinha do papai vai fazer oque?- perguntou o Gui todo debochada.

-Deixa ela Guilherme, a minha filha mal saiu do hospital e tu já tá provocando, olha que eu meto a porrada em tu- falou o meu pai e eu ri vitoriosa.

-Toma- falei baixinho pro meu pai não escutar.

Eu parei pra pensar e agora eu tô lembrando, a Ma tá grávida porra, eu tava escutando tudo que ela falava, mas não conseguia acordar e responder ela, tadinha, parecia tão perdida enquanto me falava.

Preciso muito sentar e conversar com ela, vou fazer o possível e impossível pra ajudar em tudo, se pá eu viro a segunda mãe dessa cria, não vou deixar a Ma passar por isso tudo sozinha.

-Chegamos- falou o meu pai estacionando em frente a minha casa.

Novamente a mesma palhaçada, me levou nos braços até o sofá da sala, estava todos lá, me receberam tão bem, todos me abraçaram, até os pirralhos dos meus gêmeos preferidos, se bem que não conheço outros.

-Vamos pro quarto Ma, quero conversar com você- falei e ela assentiu.

Me levantei devagar e já fui dizendo que não precisava de ajuda, Jajá vou ficar mal acostumada, credo. Subi as escadas bem devagar, tô parecendo uma tartaruga, se fizer muito esforço dói muito.

Entramos no quarto e eu sentei na cama, a Marcela sentou ao meu lado, arquei a sobrancelha pra ver se ela começava a falar.

-Então, não sei se você escutou, mas eu tô grávida, provavelmente do Neiff, mas não importa quem é o pai- falou e eu assenti.

-Mesmo que você não queira, essa criança tem pai, Marcela, ninguém vai tomar esse neném de você, mas a verdade sempre é melhor- falei e ela ficou pensativa.

-Ok, eu conto pra ele, se o bonito duvidar da paternidade, eu mando ele pra casa do caralho e deixo o pai pra lá, tudo bem assim?- perguntou e eu assenti.

-Por mim tudo certo, vai ficar tudo bem viu meu amor, vou te ajudar com esse neném- falei alisando a barriga dela.

Como a Marcela é super magrinha, a barriga ainda não apareceu, Jajá nós vamos estar indo pra consulta, depois comprando fraldas...

-Sabe com quantos meses você tá?- perguntei e ela negou.

-Acho que dois meses, no máximo, e já fazia um tempo que eu só tava dando pro Neiff, como você mesmo sabe- falou intediada.

-Sim, tem que fazer uma ultra-som, tudo certinho, ver como tá o neném que ainda nem se formou na sua barriga, mas passa tudo tão rápido né, Jajá tu tá parindo- falei e ela fez careta.

-Quero nem pensar na dor, credo, mó medo real. Sim, provavelmente próximo mês ou até depois né, eu volte pra sampa, tenho que ajudar seu pai a vingar oque aconteceu com você- falou e eu neguei.

-Eu não vou deixar você ir pra um morro rival, nem fodendo, ainda por cima com uma cria na barriga, tá maluca é Marcela?- perguntei incrédula.

-Mi sério, é melhor a gente falar sobre isso outro dia, mas saiba que eu vou de qualquer forma, eu não vou deixar passar ileso oque aconteceu com você.

-Você vai deixar pra lá sim, dessas paradas o meu pai cuida, depois pensamos nisso, agora para de ideia maluca, não posso perder vocês dois- falei me referindo a ela e o neném.

A mesma ficou calada, ela não parece tão feliz com a ideia de ser mãe, ainda, mas ela também não ficou triste, a Marcela é forte pra caralho.

Se o Neiff reagir como um imbecil, vou descer a porrada nele, oque menos precisamos é de mais um cara escroto, já não basta os restos de cruz credo que a Ma já se apaixonou (não foi pouco).

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