Michelli.
-A comida tá pronta em, podem atacar- a tia avisou.
Eu que já estava com fome, me levantei peguei um prato e coloquei a minha comida. Isso aqui tá com um cheiro muito bom e a aparência melhor ainda. A boca chega a salivar. Hoje temos macarrão ao molho de tomate e filé a parmegiana, uma das minhas comidas favorita.
Me sentei com eles e o Matheus fez o mesmo. Comecei a comer sem mais demora, está realmente muito bom. A coca foi o par perfeito pra esse almoço. Fico só ouvindo essas duas conversando sobre coisas aleatórias. Confesso que estou com saudades do meu ponto de estresse, fico imaginando o que ele está aprontando sem mim lá.
-E aí? Estou aprovada na cozinha?- a tia perguntou com um sorriso esperançoso.
-Demais, demais- dei minha humilde opinião.
-Eu poderia comer isso pelo resto dos meus dias- Matheus afirmou todo babão.
-Está super aprovada mesmo mãe. E Matheus, dá um tempo tá?- Marcela disse com ciúmes.
-Obrigado gente, estava mesmo precisando de uma visita como essa, está me fazendo muito bem- admitiu.
-Não seja por isso, iremos vim mais vezes- Marcela argumentou.
-Eu tive uma ideia. Vou fazer um baile pra vocês, é de última hora mas tenho certeza que no final das contas vai dá certo- a mãe da Marcela sugeriu.
-A eu gostei disso- comentei com um sorriso.
-Eu amei também- Marcela disse empolgada.
Falou em baile a gente já se anima. Se o Gui sonhar que vou pra festa aqui em SP, morre do coração. A tia disse que vai pra boca mas podemos ficar aqui na casa dela, entendo já que a mesma tem que resolver as coisas do baile.
-O Pipa vai surtar quando souber que vou pro baile- Marcela disse com cara de desespero.
-Nem me fale, quero só ver como vou contar pro Gui- ri de nervosa.
-Nisso que dá ser preso a alguém, pode fazer nada e ainda tem que ficar dando satisfação pros outros- Matheus murmurou.
-Aí Matheus, fica na tua que não está ajudando muito- Marcela deu de ombros.
É aquele ditado né "se não quiser ajudar também não atrapalhe". Criei coragem e levantei da cadeira, levei o meu prato pra pia e aproveitei pra lavar o que sujei. A Marcela é folgada, aproveitou pra jogar o prato dela enquanto eu estava lavando.
Só lavei porque estou de bom humor... Em cerca de alguns minutos terminei. Enxuguei as mãos e fui pra sala. A Marcela foi colocar a sobremesa pra a gente. Peguei meu celular e resolvi avisar logo ao Gui sobre o baile de hoje, espero que ele não surte, nem julgo já que se fosse o contrário eu também teria essa reação.
*whatsapp *
-Sabe vida, a mãe da Marcela vai dar um baile pra a gente hoje...
--Não tô gostando dessa história.
-É só um baile e eu vou me comportar, prometo!
--Isso não tá certo, queria ver se fosse ao contrário pô.
-É, eu sei.
--Mas beleza, vou pro pagode que tem hoje, junto com o pipa.
-tá.
--👍🏼
*whatsapp off*
Sai do celular irada, estressada é o que define o meu estado de espírito nesse momento. Bufei e a Marcela apareceu na sala com as taças sem entender nada, me entregou uma e eu comecei a comer na esperança de esquecer os problemas.
-Que cara de cu é essa?- ela pergunto sentando ao meu lado.
-Contei pro Gui sobre o baile e agora ele se sentiu no direito de sair também- choraminguei.
-Putiz, que merda em, já tô vendo que vou passar pelo mesmo- Marcela murmurou desanimada.
-A vai, pode ter certeza, porque o bonito do Guilherme, disse que vai chamar o Pipa pra ir no pagode- afirmei e ela engasgou.
-Puta que pariu, que raiva mano- ela bufou estressada.
-Qual foi, direitos iguais ué- Matheus murmurou.
Não precisamos nem responder, o olhar que a gente deu pra ele foi o suficiente. A sobremesa esta muito boa, Marcela caprichou.
-Mano, tu tinha razão, o Pipa já veio encher a minha mente no whatsapp, que raiva- ela disse desanimada.
-Temos que colocar o cropped e reagir- argumentei.
-Nesse frio pô?- Matheus perguntou cínico.
A Marcela fez o que eu já estava com vontade de fazer a tempos, pegou uma chinela e jogou nele, acho é pouco pra deixar de ser cuzão. Fiquei foi rindo da cara dele. O mesmo resmungou um "aí porra, tá doendo essa merda".
-Ninguém manda se intrometer- dei de ombros.
Ainda bem que amanhã já estaremos de volta no Rio de Janeiro, aí posso me acertar com o meu ponto de estresse. É muito ruim isso de brigar quando está longe, não consegue resolver na mesma hora. Ainda estou com sono, na verdade nos últimos tempos estou dormindo demais.
-Vamo pra casa? Tô afim de deitar e tirar um cochilo, essa viagem me deixou cansada- chamei a Marcela.
-Dorme aqui no quarto da minha mãe, acho que ela nem vai se importar- Marcela sugeriu.
-Espero que ela não se importe mesmo- engoli em seco.
Levantei do sofá e fui até o quarto da tia, abri a porta e percorri meu olhar por todo aquele local, tem um fuzil no canto da parede e uma pistola no criado mudo, só não digo nada porque ela tem que se proteger. Liguei o ventilador, escorei a porta e deitei na cama.
Olhei pro teto e fiz o que qualquer pessoa comum faz, comecei a pensar em mil e uma coisa que nunca vai acontecer, tenho certeza que não sou a única que faz isso. Meu celular vibrou, olhei de relance e é o Joseph, quem é vivo sempre aparece para infernizar não é mesmo.
Não atendi, fui no whatsapp e mandei "?", eu não atendo nem a minha mãe, quem dira um ex ficante, só quero saber o que ele quer depois de tanto tempo, coisa boa não deve ser. O cínico mandou "Senti saudades e resolvi te ligar", eu devo ter cara de Palhaça, só pode, nem respondi, deixei no vácuo...
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𝓟𝓞𝓓𝓔𝓡𝓞𝓢𝓐
RomanceVulgo poderosa, pros mais íntimos é Michelli, não tô aqui pra agradar ninguém, então se você gostar tá gostado se não gostou o problema é teu. Não abaixo a cabeça pra ninguém, sei o certo e o errado, não preciso que me falem oque fazer. +16 [plágio...