Capítulo 28 🦋

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Meta, 90 estrelinhas e 100 comentários ✨.

Marcela...
Dias depois...

Já voltamos de Angra, ontem, hoje estou voltando pro São paulo, tô com um aperto só de pensar em deixar minha neném, eu sempre estava com ela pra tentar proteger.

-Volte logo viu, se for preciso eu te trago pra morar comigo- falou a Mi já chorando grudada comigo.

-Eu volto pra te ver minha neném- falei limpando as lágrimas da mesma.

Abracei todos e entrei no carro do Pipa, o tio JG insistiu para eu ir de carro com alguém de confiança então não contestei ele.

Como o Pipa não pode entrar na favela que minha mãe mora, ele vai me deixar até o aeroporto de São paulo e de lá pego um táxi mesmo.

Estou ansiosa pra ver o quanto tudo mudou por lá, já faz anos que fui embora, e pra falar a verdade também já faz anos que perdi o contato com a minha mãe, provavelmente ela trocou de número e não ligou de me preocurar por redes sociais.

Mas eu quero muito ver ela, só tô voltando pra lá por conta dela, caso contrário eu ficava com a minha segunda família no Rio. Dormi por um tempinho mas acordei com o Pipa me cutucando.

Resmunguei um palavrão e ele falou que já tínhamos chegado. Sai do carro peguei minhas malas e quando eu ia saindo ele me puxou para um beijo, senhor que perdição.

Separamos do beijo e dei um sorriso de lado, logo ele foi embora e eu peguei um táxi. Eu não acho errado pegar quem eu quero, sou solteira.

-Chegamos moça- falou o homem, já no começo da favela.

Assenti e paguei o dinheiro pra ele, desci do carro, peguei minhas coisas e fui entrando em várias ruas e becos com aquelas bolsas e malas, tô quase morrendo mas passo bem, todos me olhavam curiosos e eu nem liguei.

Vi um cara que me parecia conhecido, puta que pariu, o RF tá diferente pra porra, um gostoso, meu ex, é boy lixo mas eu adorava tá lá sentando, vai me entender.

Nem falei com ele, passei direto, vai que não lembra mais de mim. Parei em frente a casa da minha mãe e comecei a bater palmas, aqui tá um pouco diferente.

-Filha?- perguntou ela na porta.

-Acho que sim- falei com um sorriso sem graça.

-Meu Deus, como você mudou, tá tão linda- falou vindo me abraçar.

Quase fiquei sem ar de tanto que ela me apertou, dei um sorriso e entramos em casa, vi um carinha sentado no sofá, apenas fumando um cigarro de maconha, fiz careta e ele deu um sorriso.

-A minha filha voltou coringa- falou a minha mãe toda animada.

-Então essa é a tua filha, tua mãe falou muito de tu?- falou soltando a fumaça.

-Espero que tenha sido de bem, cadê o  Ronaldo?- perguntei sobre o meu ex padrasto.

-Eu matei pô, tirei essa favela dele, e a mulher também- falou coringa gargalhando e eu fiz careta.

-Credo mãe, que mal gosto, tá pior que eu- falei me sentando no sofá.

-Me respeita guria, tu tá na minha casa- falou o tal de coringa.

-Filha não começa por favor- falou minha mãe me encarando.

-Tudo bem, provavelmente eu vou passar poucos dias aqui mesmo, Jajá volto pro Rio- falei dando de ombros.

-Tu tava lá onde pow, tá vindo de X9 é porra- falou alto e eu engoli em seco.

-Não viaja coringa, deixa a menina em paz- falou minha mãe negando.

-Não é da sua conta onde eu fiquei lá, e eu não sou X9, não preciso me submeter a essas paradas não- falei serinha.

-Tô de olho em tu, acho bom não estar agindo de má fé aqui, remédio pra X9 é gasolina- falou saindo.

-Tinha que se envolver logo com um cara escroto desses mãe?- perguntei e ela baixou a cabeça.

-Eu tenho escolha porra? Eu não tenho pra onde ir, muito menos dinheiro, e se eu sonhar em fugir, esse cara vai atrás de mim até o inferno.

-Depois falamos sobre isso, mas onde eu vou ficar?- perguntei e ela levantou me ajudando a levar as malas.

O quarto é pequeno e apertado, era meu no passado, mas mudaram muito ele, tá arrumado, porém não do mesmo jeitinho que deixei.

(Mãe da Marcela na mídia)

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