42. Demais para mim

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- Cos I can tell you right now that you'll never find evidence on me, that's the truth...

- Oh, oh, oh...

- Yeah, that's the truth...

- Oh, oh, oh, oh...

- Perfeito! – Danny gritou, jogando as mãos para o alto com um sorriso enorme no rosto, em meio aos nossos próprios assovios e palmas animadas no final de mais uma música. – Caralho, a gente é foda mesmo.

- Qual o próximo destino? – Tom sorriu de lado, fingindo-se intrigado.

- Eu ouvi "melhores paradas de sucesso"? – Dougie disse entre risos e bateu na mão do outro em um high-five.

- Então terminamos por aqui? – indaguei ao olhar para o meu relógio de pulso, logo abandonando meu instrumento.

- Ahm... Mais ou menos – Tom chamou minha atenção e eu o olhei com o cenho franzido em estranheza.

- Como assim? – indaguei e me aproximei deles. – Cara, eu tenho que ir...

- Temos que passar mais algumas músicas ainda. Sinto muito informar, mas nem todas estão perfeitas – ele explicou. – E o Dallas avisou que talvez conseguiria passar por aqui mais tarde.

- Talvez! O que mostra que ele não deu certeza – gesticulei com um sorriso esperto, mas Tom me olhou de soslaio. – Qual é, Fletcher? Quebra essa para o seu melhor amigo? Ainda estamos na fase inicial, eu fiquei uma semana inteira só nisso, sem poder assumir nem um outro compromisso...

- Mesmo assim, temos coisas importantes para discutir – ele insistiu e eu juntei as mãos em um sinal claro de súplica.

- Por favor?

- Aonde você vai? – Dougie quis saber.

- Consegui combinar com a Ali que buscaria a minha filha na escola hoje – dei de ombros sorrindo, muito orgulhoso, e eles riram.

Minha filha. Não estava sendo nem um pouco difícil me acostumar a chamar Missy dessa forma, o difícil mesmo era conseguir tirar o sorriso do rosto depois que o fazia. Agora sim, sou oficialmente o pai de Melissa... Melissa Sawyer Judd? É, bonito! Um nome muito bonito mesmo.

Cruzei os braços ao mesmo tempo em que ria internamente de meus pensamentos, os quais se tornaram ainda mais frequentes nos últimos dias em consequência à excitação diante daquela nova experiência. Era engraçado me sentir tão bem assim. Mas então despertei de meu breve devaneio quando Danny apertou minha bochecha.

- Ah, que bonitinho! Ele ainda está todo feliz porque o exame deu positivo – disse entre risos e Dougie rolou os olhos, também rindo.

- Qual é? A menina é o Harry, só que bonita – gesticulou em minha direção e eu pisquei algumas vezes sem saber dizer se me senti ofendido ou não. – Aquilo só não daria positivo se alguém trocasse os exames.

- Isso pode acontecer, cara – ele arqueou as sobrancelhas, cheio de razão.

- Claro que pode... – Dougie concordou em tom irônico. – Na novela que você assiste todas as noites.

- Ei, aquela novela é muito realista, viu?

- Uau, eu sei que a conversa está mesmo muito interessante... – sorri sem mostrar os dentes e coloquei uma das mãos sobre o ombro de Tom. – Mas eu vou nessa!

- Harry!

- Fletcher, eu acho que, nesse caso, ele não só pode, mas como deve ir – Dougie disse, fazendo com que Tom arqueasse as sobrancelhas.

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