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A boate está a todo vapor, lotada. Os três amigos tem até certa dificuldade para se locomoverem, contudo, não podem negar que estão se divertindo bastante. Finn não perde uma oportunidade sequer de mexer com os homens que passam perto.

- Aff!!!
Olhando para um rapaz que passa quase encostando.

- De onde saiu tanto homem bonito?

Rey e Rose não se contêm, rindo continuamente pois parece que o amigo faz propositalmente. Em determinado momento, Finn vai para a pista de dança, Rose o acompanha, o mesmo faz gesto com as mãos para ela se afastar.

- Não fique muito perto de mim, quero conseguir pelo menos um flerte.

- Você não consegue porque é muito oferecido!

Rose devolve ironicamente o comentário, recebendo um olhar fuzilante do mesmo.

Rey ri observando os amigos. Eles a chamam para dançar, no entanto ela acena negando, gesticulando com as mãos.

Para seu desespero, os dois não aceitam e a puxam pelos braços. Finn, praticamente arrasta-a para pista de dança, ele é terrível, dificilmente aceita um "Não" como resposta.

- Hoje você vai dançar, queridinha!

Rey revira os olhos.

Na verdade ela é uma ótima dançarina, os amigos adoram vê-la dançando e com tamanha insistência, não há como resistir. Finalmente a garota cede, aceitando ir para a pista.

No início um pouco tímida ou ao que se diga, fora de prática. Ainda um pouco hesitante, começa a revelar sua performance, quando de repente Rose e Finn à acompanham super animados.

Depois de algum tempo na pista, Rey olha involuntariamente para o barzinho dentro da boate e percebe que um homem a observa fixamente. Fingindo não estar interessada desvia o olhar por um instante, voltando logo em seguida para se certificar se ele continuava.

Rey não deixa de notar o quão atraente ele é, seu olhar intenso desperta um calor que percorre sua coluna, ao mesmo tempo não tem certeza sobre o que fazer, então tenta agir naturalmente, como se não estivesse tão ciente do pedaço de mau caminho que a devorava com os olhos a certa distância.

Depois de dançar bastante, ela decide ir até o barzinho pegar uma bebida, aproveitando para descansar um pouco e eventualmente ver mais de perto, aquele deus grego que continua observando-a, porém, agora mais discretamente.

Desde o término com Thanisson, Rey não se envolvera com mais ninguém, além disso, sua atenção estava totalmente voltada para mãe, por causa da sua doença.

A jovem não pensa em se envolver com alguém no momento, suas preocupações e responsabilidades a impedem até mesmo de pensar sobre o assunto. Entretanto, o olhar pertinaz do homem desperta nela uma certa curiosidade, ou pode-se dizer interesse, afinal já faz algum tempo que ela não vê um homem tão bonito olhar para ela dessa forma, é impossível não se sentir atraída.

Na verdade ela pode até dizer sem hesitar, que nunca houve um homem ou pelo menos não tão atraente como esta estátua de mármore, ali tão próxima, e oh... Olhando mais de perto, percebe o quão alto e ombros largos ele tem. Rey se pergunta se realmente está flertando com ela ou se tudo é fruto de seu eu carente.

O homem levanta, caminha em sua direção e senta no banco ao lado. Céus é verdade! Ele está flertando com ela! Rey acompanha com o olhar todo o movimento, sentindo seu coração disparar, desvia o olhar, quando de repente aquela voz grave e ao mesmo tempo aveludada lhe causa um arrepio na coluna.

- Posso saber seu nome?

Voltando sua atenção para ele, que agora está mais próximo, ela vê algumas pintas espalhadas no seu rosto comprido e definitivamente decide que adoraria tocar cada uma delas, mas não é só isso, aquela boca carnuda também, que se encaixaria perfeitamente na dela, no corpo dela, na b... Definitivamente a levaria à loucura. "Controle-se! No que está pensando? Nem sabe quem é esse homem. E se for um maníaco? Mas é tão gostoso... Não aparenta ser uma pessoa perigosa... Aposto que aquela boca faz milagres... Definitivamente, ele não parece um maníaco."

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