28_Toque ardente...

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Rey desperta ao som do celular, espreguiçando-se senta na cama, mãos deslizando pelo rosto, a vontade é voltar a dormir, entretanto, as obrigações a chamam

Olhando a hora, 6:30am, ela levanta, caminhando até o banheiro como um zumbi

Enquanto se apronta, lembra rapidamente da situação vivida anteriormente na boate

A muito ela entendeu que Ben não é nada do que dizem, não há qualquer resquício de visão negativa sobre ele em sua mente,
por outro lado, seu sentimento pelo mesmo cresce intensamente

Antes de sair, ela observa a casa, um estranho vazio, Rey sente falta da mãe alí, a má sensação mexe com seu âmago

Ela faz seu rotineiro percurso até o hospital... ao abrir a porta do quarto de Lyra, Rey a olha sorrindo, porém, seu olhar logo é atraído para a outra extremidade do quarto, onde vê um belo buquê de rosas amarelas e brancas

Rapidamente seu sorriso se desfaz, sentido um frio na barriga, ela ja imagina quem as havia mandado

"São lindas..."
Comenta Lyra olhando para o buquê

Rey põe a bolsa sobre a poltrona, caminhando até o mesmo, ela inala o delicado perfume

Seus olhos se detém no pequeno cartão em meio as rosas, abrindo-o, ela lê a dedicatória

"Atenciosamente: Ben Solo"

Um pequeno sorriso surge em seus lábios, seu coração bate forte

Lyra observa a filha que, aproximando-se senta à seu lado, timidamente, a garota pergunta

"Ele... esteve aqui?"

"Não, apenas mandou entregar o buquê, pelo menos é o que eu penso, vocês... estão saindo?" Pergunta Lyra, vendo o brilho no olhar da filha

"Uh...não, não!"
Responde ela ao ser pega de surpresa com a pergunta da mãe, a garota passa a mão na nuca
"Nos vimos outro dia... casualmente"

Depois de um pequeno silêncio, ela pucha o ar para os pulmões "Ele... foi à lanchonete outro dia, ficou surpreso ao me ver, provavelmente não sabia que eu trabalhava lá..."

Lyra passa os dedos sobre a borda de suas vestes hospitalares

"Hum... estão apaixonados..."

Rey arregala os olhos, em seguida desvia um pouco corada, seu olhar hesitante indo de encontro ao da mãe

Lyra compreende o sentimento... ela amava muito o pai de Rey
A mesma cutuca

"E... quando vocês pretendem se declarar um ao outro?"

Rey engasga

"Bem eu... eu não sei mãe, mal nos conhecemos..."

A vozinha irritante da ironia bagunça sua mente, trazendo as reminiscências... a quem ela quer enganar? Ela o conhece bastante para saber o quão inebriante é o cheiro daquele homem, o quão profundo é o olhar dele sobre ela e o quão delirante é o gosto daquela boca carnuda

Lyra a tira de seus devaneios

"Filha..."

Rey volta a si, encontrando a expressão de espectativa no rosto da mãe, a garota pisca seguidas vezes, então foge do assunto

Depois de conversarem mais um pouco, Rey se levanta e dá um abraço na mãe, caminhando até a porta onde para, apertando as mãos

Lyra conhece bem aquele gesto, ela sabe que a filha quer se abrir, Rey volta um olhar para a mãe

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