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Empurrando a chave com força, Ben abre a porta de seu apartamento,em seguida fechando-a atrás de si ele se arrasta até a poltrona, servindo-se com uma generosa dose de whisky.

Mais uma vez observando o céu através da grande janela, Ben se pergunta pela enésima vez... há algo errado com ele? Não é bom o bastante para ela Provavelmente não... Caso contrário ela ainda estaria ao lado dele.

Como se não bastassem as dúvidas intermináveis, ele lembra de vê-la tão feliz e sorridente ao lado de Poe. É uma má idéia pensar sobre isso pois, o ciúme o corroe por dentro, sendo inevitável imaginá-la nos braços do outro.

Em toda sua vida, mulheres estiveram praticamente se jogando sobre ele, algumas até mesmo implorando para estar ao seu lado pelo menos por uma noite.

Ben se pergunta se isso é alguma espécie de punição por todas as vezes em que ele magoou alguma mulher, não que ele tenha feito deliberadamente mas porque realmente nunca conseguiu se apaixonar porém, a atual situação é diferente e agora ele sabe como é a sensação de não poder ter quem ama.

Dói como o inferno... ele daria qualquer coisa para obter algum alívio embora saiba que o único remédio está fora de alcance.

Sem mesmo perceber, seus pensamentos voltam aos momentos doces e calorosos da gloriosa noite de amor que tiveram... No entanto agora tudo acabou e ele sabe que não adianta lamentar ou insistir porque ela mesma disse...

"Eu não te amo Ben..."

As palavras estão gravadas em sua mente assim como o olhar frio dela. Ben nunca imaginou que isso poderia realmente acontecer mas, aqui está ele tentando digerir toda essa situação.

É insuportável a dor que o faz agonizar e desejar que sua vida miserável chegasse ao fim, pensando que talvez por sorte, algum carro o atropele na próxima vez que puser os pés fora do prédio onde mora. Qualquer coisa é melhor do que a ideia de não poder mais ter a mulher que ama em seus braços.

Ben termina seu whisky mas logo se vê desesperado por mais e mais, buscando algum alívio que não vem. Eventualmente as lágrimas estão caindo, inicialmente de forma sutil, mas não demora para ele se vê chorando como um menino. Os acontecimentos recentes se fundem com lembranças do passado quando suas lágrimas finalmente cessam.

Seu olhar permanece vidrado em algum ponto no céu. Embriagado demais para raciocinar sobre qualquer coisa, lentamente seus olhos se fecham e ele adormece.

***

"O sorriso mais lindo que eu já vi em toda vida..."
Ben pensa enquanto admira o belo rosto de Rey, empoleirada sobre ele, ela o encara apaixonada, salpicando beijos por todo seu rosto e corpo.

Ele cora, não muito seguro sobre sua aparência, embora sempre assediado por tantas mulheres, Ben sempre se sentiu meio desengonçado com seu nariz aquilino e orelhas espreitando entre os cabelos escuros.

Quando o olhar dela se detém em seu rosto, ele se pergunta quando voltou a corar como um adolescente, no entanto decide que está tudo bem, não importa o quanto se sinta acanhado sob o escrutínio dela, contanto que ela esteja com ele, para sempre, sendo bastante específico.

Beijando-a novamente, Ben se levanta para ir ao banheiro, sorrindo com a vaga sensação de que ela está admirando o traseiro dele.

- Perfeição!

Ele se vira apenas para confirmar suas suspeitas quando vê Rey suspirar admirando seu corpo. Sorrindo com uma piscadela, ele olha intensamente para seu corpo, deténdo-se nos seios dela, passando a língua nos lábios.

- Perfeição é eufemismo!

Rey sorri corando adoravelmente e ele cogita voltar para a cama no entanto está apertado.

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