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É madrugada quando Rey finalmente consegue adormecer, no entanto o sono não dura muito. Ela acorda antes do amanhecer, a sensação de que foi atropelada por um trem. No entanto existe algo muito mais preocupante do que seu cansaço...

"O que vou fazer? Como fazer?"

As perguntas giram em sua cabeça, seus olhos por demais pesados, a inquietação a impossibilita de conseguir dormir novamente então, ela nem tenta mais.
Um sussurro, quase como uma prece escapa de seus lábios trêmulos.

- Oh Deus! Por favor! Preciso de uma luz!

Ela torna a se virar sobre a cama, seu olhar aflito vagueia pelo quarto sem saber ao certo o que procura, mas algo dentro de si luta com todas as forças querendo não desanimar, Rey sabe que não pode se entregar.

Piscando várias vezes seguidas ela suspira, fechando os olhos, girando a cabeça de um lado para outro tentando relaxar. Ao abrir os olhos, se detém em um papel atrás do porta retrato, curiosa ela senta na cama pegando-o, trata-se do panfleto de uma boate.

"Precisa-se de garçonetes"

Ao ler o anúncio, um fio de esperança floresce em seu âmago, um pequeno sorriso surge em seus lábios... Rey tem experiência, sabe atender bem e o melhor, as vagas citadas são para trabalhar no período noturno.

Por um instante ela hesita entretanto, o tempo está passando, é preciso urgentemente conseguir mais dinheiro para cuidar da saúde da mãe. Rey suspira apertando os lábios. Uma dessas vagas será dela!

***

No dia seguinte Rey acorda cedinho, fazendo o café da manhã, em seguida ela toma banho e se apronta da forma mais apresentável possível. Lyra ainda dorme quando a filha sai.

Ela procura ansiosamente a boate. No trajeto muitos pensamentos vem à cabeça, quando se dá conta já está à porta do local. Rey bate na porta de cor vermelho escuro, ela por instante achou que fosse preto. Quando ela pensa em bater novamente, uma mulher de aspecto sensual e elegante abre a porta.

- Pois não!

Rey observa o quanto aquela mulher é bonita, embora tenha um olhar cansado, provavelmente por ter passado a noite em claro. Piscando ela volta a si, abrindo e fechando a boca algumas vezes, por fim, mostrando o panfleto a mulher.

- B... bom dia meu nome é Rey, eu gostaria de saber sobre a proposta de emprego, se ainda há vaga.

A mulher olha Rey de cima à baixo analisando-a, em seguida estende a mão.

-Prazer em conhecê-la Rey! Venha comigo, vamos conversar lá dentro.

Rey entra observando com atenção o interior da boate, é bem maior que a outra onde havia ido com Rose e Finn, o bar é duas vezes maior, inúmeras mesas e cadeiras muito bem organizadas, sem contar o palco, ah... esse quase lhe tirou o fôlego, tudo muito refinado. As duas caminham rumo ao escritório para então, darem início a entrevista.

- Então Rey, você tem alguma experiência como garçonete? -pergunta a mulher entrelaçando os dedos.

- Sim, tenho! Atualmente trabalho em uma lanchonete. _Rey responde com entusiasmo.

- E o horário? Não tem problema para você? -pergunta a mulher passando a mão no queixo.

- Não, na verdade eu estava mesmo procurando emprego no período noturno.

- Então... o emprego é seu! - diz a mulher com um sorriso - Ah! Eu esqueci de me apresentar, meu nome é Zorii, sou a gerente da boate. - a mulher estende a mão para Rey que retribui o aperto de mão sorrindo.

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