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Ben havia saído do hospital com a feliz notícia de que Lyra estava finalmente curada. Dirigindo de volta ao loft agora um pouco mais tranquilo, apenas um pouco... Porque ainda lhe faltava o principal, notícias de Rey. Ele volta a sentir que algo está errado mas empurra a sensação de lado, ela não tem motivos para se afastar dele, certo?

As horas passam lentamente, Ben pensa por um instante se o relógio está fazendo alguma piada com ele porque os minutos estão demorando além do normal, ou talvez seja aquela sensação a muito esquecida. Ele não tem certeza de quando sentiu ansiedade, só sabe que há muito não se sentis tão aflito e incerto....

Tudo bem, ela está muito ocupada acomodando a mãe, é compreensível já que finalmente a batalha delas no hospital chegou ao fim, É certo que elas precisam de tempo e espaço para se reacomodarem. Ele entende e respeita no entanto, seu coração não está em concordância com seu cérebro.

Ben está realmente sentindo a necessidade de pelo menos ouvir a voz dela. Pegando o celular disca para ela pela enésima vez e... Caixa postal... Suspirando, guarda o dispositivo no bolso do casaco, encostado no batente da porta, ele passa a mão nos cabelos, aquele gesto de quem está perdendo o resto da paciência que ele nem sabia que tinha.

Ele pensa e pensa, seu cérebro incapaz de desviar da dúvida... Por que ela não entrou em contato? Por que a cada minuto que passa, ele tem mais certeza de que ela o está evitando. A mandíbula dele trabalha enquanto os pensamentos revoltos o atormentam.

Talvez ele possa ir até a casa dela... Ela não ficaria brava, certo!? Afinal eles assumiram que amam um ao outro, ela não tem motivo para se sentir mal pelo simples fato dele querer desesperadamente vê-la.

Ben pisca várias vezes, como ele vai chegar até a casa dela se realmente nunca foi até lá? Sua mente salta para aquele dia em que eles se beijaram a primeira vez. Ela estava indo para casa, certo!? Não deve ser muito longe da praça então.

Sem mais delongas, ele fecha a porta do apartamento atrás de si, seu celular toca e ele quase o deixa cair com o pensamento de que é ela mas, logo a decepção surge ao perceber que é novamente seu pai. Ele ri com a ironia... Frustrado por não conseguir falar com Rey e, baseado no próprio temperamento, ele tem certeza que seu pai está subindo pelas paredes,por não conseguir falar com ele também.

Mas isso pouco importa, tudo que ele quer agora é ver Rey, beija-la, abraça-la... Assim ele entra no carro, dirigindo ansiosamente até chegar a praça. Já são quase 9:00pm, ela já teve tempo suficiente para acomodar a mãe.

Ben chega a praça, diminuindo consideravelmente a velocidade, indo na mesma direção que ele lembra ter visto ela ir naquele dia. Decidido, desce do carro, caminhando lentamente em busca de alguma informação que denuncie a casa dela.

Olhando em volta, suspira resignado, então seus olhos avistam um casal de idosos, sentado no banco da praça. Ele hesita antes de se aproximar. Se eles acharem que ele é um maníaco e, acertarem ele com aquela bengala!? Bom esse é um risco a se correr, contanto que ele consiga ver seu amor.

- Boa noite!

O casal mais velho se vira para ele, respondendo em uníssono.
- Boa noite!

-Por gentileza, vocês saberiam me dizer onde fica a casa de Rey?

A senhorinha sorri e ele se tranquiliza... Bom, ao menos a bengalada foi descartada.

- Rey de Lyra?

- Sim, por gentileza, eu gostaria de visitar elas.

A senhorinha aponta para a casa de Rey.
- Alí moço!

Ben olha para a casa indicada, em seguida agradece ao casal de idosos, caminhando até a calçada da casa de Rey. Quando ele se aproxima afim de bater na porta, o som de risos e vozes escapa pela janela. Ele sabe que não deve mas, não resiste em espiar.

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