O fruto da macieira velha - Babitan G!P

Anjos e demônios

POV.NARRADORA

Bárbara corria em direção a floresta, quando sentiu seu corpo ser jogado pra trás com força.

- Olha, pensei que não apareceria - O dono da voz que soou em sua cabeça estava alí, mais uma vez em sua frente, sorrindo como sempre.
- Porque não me diz o que quer? - A anjo perguntou, a raiva em sua voz era nítida.
- Não fale assim comigo - O homem usava apenas uma calça, cabelos curtos, corpo forte, e asas na cor pretas em suas costas, perguntou se aproximando mais de Bárbara. Segurando em seu pescoço e prendendo ela contra uma árvore.

- Não tente bancar a boazinha com aquela garota, você sabe que não é um anjo bom - O anjo falou alto, aproximando seu rosto do de Bárbara - Ela merece sofrer assim como as outras, é isso que vai fazer, vai machucá-la, até que ela morra - Falou autoritário com a voz carregada de ódio, seus olhos tinham um brilho diferente, como se queimasse em chamas.

Bárbara segurou e cravou as garras na pele do braço do outro anjo em sua frente, fazendo com que ele à soltasse.
- Sua vadia - Falou arremessando o corpo de Bárbara longe, logo em seguida pulando em cima dela, depositando um soco forte em sua mandíbula, colocou uma de suas garras para fora, e gravou no rosto da anjo, fazendo um corte grande em seu olho de cima para baixo.
- Viu? Você é uma inútil. Não tente me desafiar seu projeto de demônio, eu posso matá-la, faça o que eu mando - O anjo gritou no rosto de Bárbara saindo de cima dela e indo embora, deixando ela no chão sangrando.

Bárbara levantou dando um soco na árvore em sua frente fazendo ela se partir em dois.

Tomou sua forma normal, humana, caminhando até o lago próximo, encarando seu reflexo na água, lavando seu rosto e vendo o corte profundo que ele havia deixado.

Sua raiva apenas aumentava.

POV. VOLTAN

Levantei sentindo minha cabeça latejar de dor, entrei no box do banheiro ligando o chuveiro e tomando um banho gelado.

Vesti uma roupa e desci as escadas, saindo de casa, antes que aquele anjo aparecesse pra mim.

Lembrava de algumas coisas na noite passada, isso incluía meu beijo com Level, ele era um cara legal e beijava bem.

Entrei em meu carro indo em direção ao hospital, para que retirassem meus pontos.

Quando estava saindo do hospital, recebi uma mensagem de Level, para que eu o encontrasse em uma cafeteria a alguns minutos de onde eu estava, para tomarmos café da manhã juntos.

Quando cheguei na cafeteria Level me recebeu com um beijo em meu rosto.

- Retirou os pontos? - Perguntou enquanto sentavamos, eu assenti.
- Sim, ainda bem - Falei sorrindo, ele me retribuiu de imediato, encarei sua mão que estava enfaixada - Tudo bem com sua mão? - Questionei.
- Sim, só um problema no trabalho, nada grave. - Falou dando de ombros e sorrindo, apenas concordei.

Pedimos cappuccino e alguns pãezinhos, Level escolheu coisas novas pra mim experimentar, e me contou mais algumas coisas sobre sua vida. Que ele morava sozinho pois sua mãe tinha falecido e não chegou a conhecer seu pai, e que não tinha nenhum irmão, e eu lamentei por isso.

Level era interessante, sorria o tempo todo e contava piadas aleatórias.
Isso me chamava bastante atenção, me deixando interressada.

Deixamos a cafeteria, quando estava entrando no carro, ouvi ele me chamar, virei de costas e senti seus lábios contra os meus, ele se afastou e se despediu de mim mais uma vez.

Fiquei mais um pouco fora, tentando criar um pouco de coragem para voltar pra casa.

Assim que consegui voltei, pois tinha trabalho, não senti que a anjo estava ali, o que me fez ficar calma, mas sabia que ela poderia aparecer a qualquer momento.

Lembrava da noite anterior quando chamei seu nome e como seus olhos brilharam quando fiz isso.

Fiquei muito assustada, não sabia que seu nome poderia causar tando impacto assim nela, mas eu queria saber, quem era ele?!

Será que era outro anjo?

Não sei se tenho coragem de questioná-la sobre isso novamente.

Eu não queria admitir, mas tinha medo, me esforçava para comer, apesar de estar melhor nesse quesito, sem os remédios não conseguiria dormir, e eu sabia disso.

Isso tudo estava me deixando atormentada.
Só tinha uma maneira, confrontá-la.