Capítulo 5 - Marcando o Território

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Harry desaparatou do Ministério depois de convencer Hermione a ajudá-lo a sair de lá despercebido. Ele não quis dar um show novamente por estar seminu. Ela pareceu pensar no assunto, o que o alarmou um pouco, mas no fim ela apenas sorriu e lhe mostrou a porta dos fundos que somente alguns membros da equipe sabiam que existia.

Ao retornar a sua casa, Harry se perguntou quando Hermione havia se tornado tão sádica. Ela sempre havia sido mandona, agora mais do que nunca, mas nunca havia sido tão obstinada em lhe dizer o que fazer. Harry pensou em falar com Rony, mas Rony tinha tanto poder sobre Hermione quando Harry tinha sobre a Sra. Black: absolutamente nenhum.

Ele fez uma careta. Estava sendo injusto ao comparar Hermione com a Sra. Black. Porém, Hermione estava sendo injusta com ele. Fazê-lo escolher entre Malfoy e St. Mungo havia sido deveras cruel. Ele não era louco, mas logo ficaria já que ele teria que conviver com Malfoy.

No entanto, Harry não conseguia ficar muito tempo bravo com ela. Hermione era a voz da razão. Ela sempre sabia o que era melhor para ele. Mas dessa vez, mesmo com as explicações, ele estava achando difícil entender por que Malfoy havia sido o escolhido. Como exatamente Malfoy poderia fazê-lo se sentir melhor?

Ele bateu a porta distraidamente ao entrar, e a Sra. Black gritou agudamente do seu retrato.

- Seu traidor maldito! Seu pedaço de lixo! Deixar aquela criança imunda entrar aqui! Aquele maldito traidor! Ele é uma desgraça ao nome dos Malfoy! Filho da p...

Harry arregalou os olhos consideravelmente ao palavrão final. Ela realmente estava ficando malcriada. Não se lembrava de ter dito aquele palavrão perto dela.

- Ei, lady! – ele exclamou ao parar na frente do retrato e lhe lançar um olhar reprovador. – Será que você poderia tomar cuidado com o que diz?

- Ah, cale a boca seu mestiço de merda!

- Não, cale a boca você! Estou farto da sua maldita voz de banshee! Apenas fique quieta, porra! Pare de me amolar! Sua família ferrada já morreu! Você é que é imunda! O único que merecia um futuro melhor era Sirius! Você mereceu o que te aconteceu, velha megera!

Os cílios, as bochechas e os lábios da Sra. Black estremeceram e Harry tapou seus ouvidos um segundo antes dela dar o seu grito mais potente. Por causa do grito, ele não notou alguém andando furtivamente por trás dele e nem ouviu quando a mesma pessoa gritou 'Accio varinhas'. Só quando ele sentiu a sua e a varinha de Draco voando para fora do cós de sua calça foi que ele percebeu o que estava acontecendo. Harry virou-se rapidamente e viu Draco apontando a varinha na direção dele. Mordeu o lábio inferior e se chamou de idiota.

Foi como se o ar ao redor deles houvesse sido suspenso. Ele podia cortar a tensão com uma faca. Draco tinha uma aparência assassina e absolutamente lasciva. Os olhos azuis cristalinos estavam quase prateados de fúria. Harry sentiu um estranho calor percorrer seu corpo. Sentiu-se paralisado, mas não por medo. Era algo mais, uma estranha emoção que queria levá-lo a fazer coisas estranhas. Somente Malfoy o fazia se sentir daquela forma.

Ele franziu a testa, não querendo seguir por aquele caminho. Era muito perigoso até para ser considerado. Uma coisa estava clara, no entanto, o que o deixava tremendamente desnorteado. Hermione estava certa. Draco realmente o fazia pegar fogo.

Harry esperou pelo golpe que viria da varinha de Draco. E veio, mas não o acertou. Acertou a Sra. Black. Ele olhou de relance para a Sra. Black, que havia acabado de cair em um sono profundo, e então se voltou para Draco com uma expressão de perplexidade. Mas o que o deixou mais espantado foi o fato de que, desde que havia reconhecido Draco ali, havia se esquecido totalmente da velha bruxa.

Bem me quer, Mal me querOnde histórias criam vida. Descubra agora