Capítulo 32 - Beijos, abraços e mais problemas

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Harry olhou para o prédio na sua frente e suspirou. Draco estava a apenas seis andares de distância. Debateu consigo mesmo por um longo tempo sobre entrar ou voltar pra casa. No fim, decidiu entrar e encarar as consequências, quaisquer que elas fossem. Ele não precisou tocar a campainha. Uma loira belíssima que parecia muito descontente com algo abriu a porta e passou por ele como se nem tivesse notado sua presença. Ela parecia ser o tipo de mulher que não se importava com nada a não ser ela mesma. Harry a achou vagamente familiar, mas sua atenção se voltou rapidamente para coisas mais importantes. Ele correu para a porta antes que esta se fechasse na sua cara, e alcançou o elevador alguns segundos depois.

O fato de ele ter entrado tão facilmente o incomodou. Estava claro que o prédio de Draco não era seguro o bastante para um Auror. Talvez o apartamento de Draco tivesse armadilhas mágicas para compensar a falta de segurança da entrada principal.

No caminho, não conseguiu parar de pensar em como era estranho que Draco Malfoy morasse num prédio trouxa. Perguntou-se como seria o apartamento do loiro. Provavelmente uma mistura dos dois mundos. Seria limpo, claro, e cheio de coisas lindas e caras. Draco tinha muito bom gosto. Isso provavelmente iria irritar Harry. Afinal de contas, sua própria casa era uma bagunça.

Ele deixou o elevador e caminhou até a porta do flat de Draco. Estava quase batendo na porta quando ouviu um som terrível lá dentro. Seu coração pulou uma batida. Ele pegou a varinha rapidamente e usou um feitiço para abrir a porta. Ela se abriu sem muito esforço, o que fez Harry xingar Draco por não cuidar melhor de sua segurança. Então ele entrou com cuidado, sua varinha em mãos. Quando viu a sala, seu sangue congelou. Cada objeto jazia quebrado no chão. Almofadas e livros estavam voando ao redor em alta velocidade, e folhas e penas caíam como chuva.

Ele imediatamente gritou um feitiço paralisante e tudo ficou imóvel. Agora ele estava mais do que um pouco preocupado com Draco. Seu coração estava quase pulando pelas paredes. Sentiu a boca seca.

'Esteja bem, por favor esteja bem.', ele repetiu sem parar. 'Só estou começando a conhecer você. Não me deixe te perder...'

Harry não se sentia tão desamparado há muito tempo.

- DRAC... – ele começou a gritar, mas sua voz morreu quando Draco apareceu na sua frente. O tempo parou quando os olhos vazios de Draco o encararam sem vê-lo realmente. O loiro parecia terrivelmente pálido, como se sua alma tivesse sido sugada do corpo. Harry sentiu o coração quase saltar pela boca. Ele fechou a distância entre eles num segundo, mas Draco se afastou como se tivesse medo do seu toque. Harry temeu o pior. Nunca havia visto Draco daquela forma.

- Draco... – ele o chamou suavemente. – Está machucado?

Draco não respondeu. Harry deu um passo pra frente, e Draco se afastou mais até que estivesse com as costas encostadas na parede. Harry tentou tocá-lo lentamente, suas mãos tremendo.

- Alguém te machucou? O que aconteceu aqui? – Harry estava apavorado agora, sem saber o que deveria fazer. Estava claro que Draco estava em estado de choque por algum motivo.

A ponta dos dedos de Harry finalmente tocou o rosto de Draco. Harry o acariciou com muito cuidado e tentou abraçá-lo, mas Draco reagiu violentamente ao notar as intenções de Harry. Harry desviou-se do soco de Draco de reflexo. Draco tentou bater em Harry, que tentou contê-lo da melhor maneira que conseguiu. Após muita luta, Harry finalmente conseguiu jogar Draco no chão e prender seus braços ao redor dele para evitar outro movimento violento. Depois de um tempo, Harry sentiu o corpo de Draco relaxar. Harry respirou com dificuldade. Ele tocou sua testa na de Draco e afrouxou um pouco o aperto ao redor do corpo dele.

Bem me quer, Mal me querOnde histórias criam vida. Descubra agora