Capítulo 24 - A Dança do Amor

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Harry entrou no seu quarto enquanto Draco ia ao seu próprio por um momento. Harry imaginou que fosse para lhe dar um tempo, ou talvez dar tempo ao próprio Draco para pensar melhor sobre as coisas. Harry não tinha certeza de que aquilo era uma boa ideia, mas mesmo assim sentou na cama e esperou. Começou a morder as unhas, mas então, percebendo quão estúpido era seu comportamento, enlaçou os dedos uns nos outros como se fosse rezar. De um jeito, ia mesmo. Queria que a noite fosse perfeita. Não queria que nenhum dos seus medos lhe atrapalhasse. Estava determinado a ir até o fim com Draco, e ele não queria desistir no meio. Por que Draco estava demorando tanto?

Quando Harry ouviu Draco se movendo no corredor, ficou nervoso. Seu corpo estremeceu ao ver Draco entrar em seu quarto. Mordeu o lábio inferior com força, e seu coração bateu mais forte. Observou silenciosamente Draco colocar a varinha e uma caixinha roxa na mesa de cabeceira. Harry engoliu em seco ao reconhecer a famosa marca de camisinhas de bruxos, do tipo que dava a ambos os parceiros um prazer extra.

A cada passo que Draco dava em sua direção, Harry sentia vontade de sair correndo. Não podia evitar. Por seis anos havia construído muitas defesas ao seu redor. Era difícil quebrá-las. Notando isso, Draco parou a uns poucos metros dele e suspirou.

- Não precisamos fazer isso essa noite. Podemos ir devagar. Podemos apenas...

Harry levantou-se e balançou a cabeça.

- Não. Vamos fazer isso.

Draco fez uma careta.

- Se você vai ficar me encarando como se estivesse prestes a ser atingido por Cruciatus, Potter, nós não vamos fazer isso.

Harry pensou em retrucar, mas sabia que aquilo apenas levaria a mais discussões, e ele não queria mais perder tempo discutindo. Estava cansado daquilo.

Mas a preocupação de Draco por ele foi uma surpresa deliciosa. Nunca pensaria que o loiro podia ser tão gentil e atencioso. Havia pensado que Draco era do tipo de homem que apenas pegava o que queria sem pedir. No entanto, esse não era o mesmo pirralho que havia conhecido em Hogwarts. Esse era um homem que ele poderia se apaixonar. Talvez Draco estivesse apenas fingindo ser um cara bonzinho, mas Harry não queria mais analisar a situação. Estava cansado de pensar sobre cada detalhe do seu estranho relacionamento com Draco.

Estava pronto para a ação, não importava que estivesse trêmulo. Seu corpo estava implorando por atenção, exigindo mais daquilo que Draco havia oferecido no banheiro da boate. Seus medos teriam que ser adiados. Faria o seu melhor. Afinal de contas, estava cansado de ser o previsível Harry Potter. Queria ser sexualmente audacioso. Queria tentar coisas novas. Mais que tudo, queria Draco.

Sem mais delongas, Harry encurtou a distância entre eles e beijou Draco. Draco ficou tão surpreso que não reagiu no começo. Mas quando isso aconteceu, ele fez Harry derreter em seus braços. Harry não podia acreditar que um beijo fosse tão poderoso. O beijo de Draco o deixou com as pernas bambas. A língua quente e habilidosa invadiu sua boca e o fez ver estrelas. Também fez com que suas defesas caíssem uma por uma.

Harry sentiu um arrepio gostoso percorrer seu corpo, fazendo-o pegar fogo. Mais uma vez, se deu conta de que um beijo nunca havia tido um efeito tão devastador nele. Os lábios de Draco tinham um gosto divino, como mousse de morango e bomba de creme. Harry suspirou de prazer, enterrando seus dedos nos sedosos cabelos loiros de Draco. Sentiu como se nunca fosse se cansar daquele beijo.

Harry quase gritou de frustração quando os lábios de Draco abandonaram os seus. Seu desapontamento logo foi esquecido quando Draco beijou seu pescoço e o sugou sensualmente. Jogou sua cabeça pra trás com um gemido estrangulado. Draco começou a despi-lo lentamente, deixando claro que Harry ainda poderia mudar de ideia e desistir de tudo se quisesse. Mas Harry sabia que era tarde demais para parar.

Bem me quer, Mal me querOnde histórias criam vida. Descubra agora