Capítulo 31 - Extra, Extra!

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N/A: Pensando aqui em como as coisas mudaram desde que eu escrevi essa fic. Na época, a gente ainda usada celular pra ligar para as pessoas mesmo. Mensagens eram raras e o máximo que existia era Orkut. I'm old, babe. AVISO: esse capítulo é tenso e pode dar gatilho nas almas mais sensíveis. 



Draco estava em estado de choque. A vida não podia ser pior. Harry o beijara em público, e ele não tinha ideia do por que. Tudo que sabia era que o beijo parecera um sonho até Colin Creevey aparecer do nada com sua maldita câmera. Draco não quisera esperar para confiscá-la. Se tivesse ficado, provavelmente teria matado Colin. Ao invés disso, ele havia deixado Harry resolver as coisas – supondo que Harry iria resolver a situação apropriadamente. Afinal de contas, Colin Creevey não era só seu fã, mas também seu amigo. Com aqueles pensamentos sombrios na mente, Draco desapareceu antes que qualquer pessoa – especialmente Harry – pudesse notar sua ausência.

Ele foi se esconder no seu apartamento, e se recusou a atender ao telefone, a porta ou a lareira. Com todos os canais mágicos fechados, ele agarrou uma enorme barra de chocolate da Dedos de Mel e comeu tudo furiosamente. Como resultado da sua ação impulsiva, passou a alvorada vomitando e xingando o mundo.

Na manhã seguinte, Draco se viu com Harry na primeira página do Profeta Diário e leu a seguinte manchete espalhafatosa:

"ESCÂNDALO DO ANO: HARRY POTTER SE APAIXONA PELO INIMIGO!"

Draco apertou o jornal nas mãos e respirou fundo antes de continuar lendo o resto do artigo idiota. Estava claro que Harry não havia resolvido a situação depois que Draco deixou o Beco Diagonal. No entanto, Draco ficou surpreso ao ver que o artigo ocupava várias páginas do jornal, e que o autor não era Colin Creevey, mas um bruxo chamado Charles Hagen. Se ao menos Colin houvesse escrito o artigo ao invés de apenas providenciar as fotos comprometedoras. Colin gostava de Harry – de um jeito estranho, mas gostava – enquanto Hagen parecia desgostar bastante de Harry e Draco, e o seu artigo era muito desfavorável aos dois.

Hagen parecia ter feito uma investigação extensa sobre os Malfoys, do começo dos seus negócios ilegais na Índia e África ao seu império financeiro pelo resto do mundo. Deixava implícito que os negócios não haviam acabado com a prisão de Lucius, e que quem cuidava de tudo agora era Draco. E mais, Hagen declarava com absoluta certeza que o trabalho de Draco no Ministério não passava de um disfarce muito inteligente.

'...tornando-se um Auror, o herdeiro dos Malfoy garante que a lei ficará sempre ao seu lado. Um Auror que deseja permanecer anônimo disse que o Sr. Malfoy raramente trabalha, e quando o faz passa horas reclamando. Esse repórter fica se perguntando por que o Sr. Malfoy trabalharia em algo que odeia, e a resposta é bastante simples. O trabalho do Sr. Malfoy como Auror é apenas um disfarce para que ele pareça honesto e apresentável após o vergonhoso aprisionamento de seu pai. Também foi uma forma de garantir que os Malfoys continuem em total controle dos assuntos do Ministério, um poder que eles detêm há décadas.'

Draco quase podia ouvir a fumaça saindo de suas orelhas. Disse a si mesmo para ficar calmo, mas ao continuar a leitura, viu que seria muito difícil manter o controle e não enfeitiçar a primeira coisa que estivesse na sua frente.

'... Foi um choque para nossa comunidade saber que Harry Potter, herói de tantos, está agora envolvido com alguém tão perigoso quanto Draco Malfoy. Será que o Sr. Potter foi enfeitiçado por magia negra? Ou talvez ele esteja finalmente se mostrando como realmente é.

- Harry Potter sempre teve um lado negro. – afirmou uma colega de escola que também deseja permanecer anônima por motivos de segurança. – Ele passou os últimos dois anos de escola isolado e deprimido. Ele olhava pra todo mundo com desdém. Era assustador. '

Bem me quer, Mal me querOnde histórias criam vida. Descubra agora