Capítulo 25 - Intimidades

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Foi com uma certa estranheza que Draco acordou um pouco antes das 6 da manhã – tendo dormido apenas uma hora naquela noite – e pegou Harry olhando pra ele. Enquanto Draco corava por ser objeto daquele olhar intenso, Harry não parecia nem um pouco embaraçado. Depois da primeira vez, Harry parecia ter perdido a maior parte de suas inibições. Draco ainda estava surpreso pelo número de camisinhas que havia usado. Depois de perder o medo, Harry havia se transformado em uma máquina selvagem de fazer sexo, sempre ordenando mais. Eles haviam feito amor a noite toda.

Era como um doce vício. Eles não conseguiam ficar longe um do outro. Mesmo após atingir o orgasmo, ainda sentiram a necessidade de se tocarem, se beijarem e se abraçarem. E agora Draco estava exausto. Dormiria por dias a fio se pudesse. Ainda bem que era domingo e ele não tinha que ir trabalhar.

Draco tinha que admitir que a manhã seguinte lhe causava muito medo. Tinha medo de que Harry se arrependesse de tudo e voltasse a se comportar como um idiota. Sua fisionomia inexpressiva não ajudava em nada a aplacar os temores de Draco. Até onde ele sabia, Harry poderia tanto estar pensando em maneiras de expulsá-lo do quarto quanto em fazer sexo com ele até a exaustão novamente. O olhar de Harry o deixou nervoso.

- O que está olhando? – Draco finalmente perguntou.

Harry apenas deu de ombros. Não diria a Draco que apenas não conseguia parar de olhar pra ele e babar ante a sua perfeição. Seria muito embaraçoso.

- Não tenho permissão de olhar pra você? – Harry perguntou em tom de divertimento.

Draco quase respirou aliviado. Harry não estava bravo com ele. Era um bom sinal. Draco reprimiu um sorriso, tentando permanecer tão impassível quanto era possível ao dizer:

- Há um custo pra admirar minha beleza. E devo te avisar que é muito caro.

Harry ergueu uma sobrancelha, divertido.

- Sempre soube que você era um gigolô.

- Hei! – Draco reclamou, fazendo uma careta. Harry tocou o rosto de Draco com a ponta dos dedos, acariciando suas bochechas, nariz, lábios e queixo. – Se continuar me tocando assim, - disse Draco, ronronando ante aos carinhos de Harry, - vai te custar caro.

- Quanto? – perguntou Harry, os olhos verdes escurecendo de desejo.

Draco mordeu o lábio inferior pensativamente.

- Deixe-me ver...

- E eu achando que você já tinha uma lista de preços em algum lugar... – Harry brincou e então riu ao ser beliscado por Draco.

- Não me provoque, Potter. Posso aumentar meus preços de uma maneira que você nunca mais teria como me ter.

- Diga seu preço. Sou rico, Malfoy. Posso pagar pra ter você.

Draco apoiou os cotovelos na cama e disse:

- Dinheiro não é o preço. Tudo vai depender do seu beijo. Se seu beijo for bom o bastante pra me satisfazer, então você pode me ter.

- Muito fácil então. – Harry colocou uma mão ao redor do pescoço de Draco e o puxou para baixo para que pudesse beijá-lo. Draco derreteu em seus braços. – Viu? Eu disse que seria fácil.

- Desgraçado... – Draco murmurou ternamente. Draco beijou Harry mais uma vez e então pousou sua cabeça no peito de Harry. Sua felicidade estava crescendo tanto que ele achou que fosse explodir em risadinhas como uma garota apaixonada. Quem diria que após tantas brigas e lutas ele um dia ficaria abraçado a Harry na cama? E o melhor de tudo era que Harry não estava lutando contra ele, mas sim o provocando.

Bem me quer, Mal me querOnde histórias criam vida. Descubra agora