Quando Draco atendeu seu telefone celular, ele ainda estava tentando fazer com que o mundo ao redor dele fizesse sentido. O beijo de Harry havia lhe tirado o fôlego. Ele queria ronronar e se esfregar em Harry como um gato. Não tinha a intenção de largar Harry, mas atendera ao telefone automaticamente. Era uma das coisas ruins de ser um Auror. Ele deveria estar sempre a postos. Há um segundo ele estivera flutuando e se sentindo maravilhoso. Mas no momento em que ouvira a voz de Bill, foi como se um balde de água fria houvesse caído sobre ele, e voltar à realidade havia sido extremamente doloroso.
Ficou tão nervoso que quase derrubou o celular no chão. Mal ouviu o que Bill estava dizendo. Mas quando escutou sobre alguém tentando roubar o banco de Gringotts, Draco imediatamente parou de sonhar acordado e ficou bem alerta. Ele tinha que ir. Estava preocupado com Bill. Precisava saber se ele estava bem. Bill soara extremamente perturbado no telefone. Por isso, Draco apenas queria se certificar que nada havia acontecido com ele.
Seus olhos encontraram os de Harry. Como ele desejou poder ficar... Harry estava tentador, como se ele estivesse pronto para fazer qualquer coisa que Draco quisesse.
O loiro desligou o celular e o colocou de volta no bolso. Depois respirou fundo e olhou para Harry de novo.
O rosto de Harry estava eroticamente corado. Na verdade, tudo em Harry parecia erótico depois daquele beijo de perder o fôlego. Os olhos verdes estavam dilatados e os lábios vermelhos inchados. Draco mordeu o lábio inferior com força para não gemer ante a visão tentadora de um Harry Potter nu deitado em sua cama com aquele mesmo olhar. Ele havia sonhado com aquele momento muitas vezes. Harry parecia tão dócil, tão atordoado. Draco piscou para voltar o seu foco para Bill e o trabalho.
Sentiu-se tímido de repente, como se não soubesse o que fazer ou dizer. Harry estava tentando evitar seu olhar, e aquilo o estava incomodando. Mas ele não tinha tempo de confrontar Harry naquele momento.
- Eu... – Draco começou, limpando a garganta, pois sua voz estava entalada nela. – Tenho que ir. Alguém tentou arrombar Gringotts.
Harry imediatamente olhou para ele.
- O quê? Alguém foi ferido? O que te disseram?
- Até onde sei, ninguém se feriu. Mas tenho que ir até lá e checar. Parece que o sujeito que tentou roubar o banco usou magia negra, por isso eles querem minha presença lá para ajudar na investigação.
Harry assentiu.
- Me mantenha informado. Nunca é uma boa notícia quando alguém está tentando usar magia negra.
Normalmente, Draco nunca daria informações sobre uma de suas investigações, mas ele não podia dizer não a Harry. Afinal de contas, Harry tinha Voldemort como experiência. Ele sabia tudo sobre magia negra. Era lógico que Harry se preocuparia com alguém usando magia negra de novo. Além do mais, o chefe de Draco não se importaria se ele contasse a Harry. Ele na verdade iria dizer a Draco para fazer uso da intensa experiência e sabedoria do moreno no assunto. Aquilo provavelmente irritaria Draco, mas ele se preocuparia com isso mais tarde.
Desceu as escadas e disse adeus as garotas, mas não a Harry. Agora que estava totalmente de volta a realidade, era difícil encarar Harry. Abriu a porta e pisou na varanda, mas a voz de Harry o fez parar.
- Malfoy! Vai voltar essa noite? – Harry perguntou.
Draco não se virou para olhá-lo. Ele não conseguia. Estava muito nervoso.
- Acho que não. – respondeu Draco, porque seria difícil voltar e encarar Harry depois do beijo. Ele precisava de um tempo sozinho. – Divirta-se com as garotas. Tenho certeza de que elas o manterão entretido. – E com isso ele Aparatou antes que pudesse ouvir a réplica de Harry.
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Bem me quer, Mal me quer
FanfictionQuatro anos após a derrota de Voldemort, Draco é intimado pelos Weasleys a ajudar Harry a sair de uma depressão profunda. Draco acha a ideia absurda, mas segue com o plano maluco de Hermione. Draco espera com isso enterrar seus sentimentos por Harry...