fault

564 99 9
                                    

February 1

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

February 1

Timothy Ray White
Faltam poucos dias para o meu maior feito, comecei a arranjar as ferramentas que iria usar, guardei todas e já estão todas prontas.
Conhecia minha cidade, por mais que não fosse sair eu sabia onde me esconder, que ruas entrar, em que lugar estava, conhecia cada canto daquele lugar.

Busquei conhecer mais a cidade em que eu estava atualmente, arranjei um mapa e fiquei noites lendo e conhecendo mais o lugar, andei pela cidade, conheci atalhos, rotas de fuga e coisas que talvez eu fosse usar mais tarde, fiz as mesmas coisas na minha cidade antes de vir pra cá.

Enfim, eu conhecia o lugar que estava e o lugar que iria voltar.

Hillary Ray White
Não consigo dizer o quão triste estou nesses últimos dias.

Meu neto era complicado e difícil de se lidar as vezes, mas eu o amava assim como eu amava o pai dele, os dois são iguais agora, já que os dois se foram.
Por mais que minha mente diga que ele partiu meu coração diz que ele ainda está vivo em algum lugar, Jeffrey não quer me dizer a verdade, mas o peso da culpa vai cair sobre ele em breve e então ele não vai suportar olhar em meus olhos e mentir mais uma vez, não posso morrer sem ver meu neto vivo e por isso vou lutar até o fim para achar ele...

Jeffrey Ray White
Não consigo dormir, minha mente não para, o tempo inteiro penso em Timothy.

Saí daquela sala e não vi o que aconteceu, ordenei que não matassem ele, mas lá no fundo eu sabia que eles iriam fazer isso, mas será que eles fizeram direito? Será que eles esconderam o corpo ou espalharam pedaços dele por aí?

Ver minha mãe aflita mexeu muito comigo, ver o olhar de reprovação dos meus irmãos mexeu mais ainda, minha família parecia saber o que eu tinha feito com Timothy, será que eu passei dos limites com ele?

Todos os pensamentos tinham que acabar, e o único jeito de tirar minhas dúvidas era perguntando para os policiais que sumiram com ele.

Liguei para Kevin e fiquei andando em círculos impaciente pela casa, minha mulher e minha filhinha me olhavam sem entender, eu queria poder dizer para Jane o motivo do meu nervosismo, mas qual era a chance dela me compreender...

Alô? — Kevin falou confuso do outro lado da linha e meu coração acelerou

— Precisamos conversar — disse em um tom que ele certamente entenderia sobre o que era a conversa

Só um minuto — ouvi passos e uma porta sendo trancada, fiz o mesmo saindo de perto de minha esposa e fui para outro quarto

O que foi? Achei que já tínhamos acabado com o assunto — Kevin quase sussurrava

— Eu quero saber o que vocês fizeram com ele.

Como assim? Por que esse interesse nisso cara? Ele morreu tá legal, já era! Você mandou a gente se livrar dele e assim fizemos. — engoli seco

É, de fato ele morreu, uma hora ou outra minha mãe iria saber.

— Eu quero saber com detalhes o que vocês fizeram como ele, me conte tudo desde o início — ele bocejou do outro lado do celular

Eu já disse Jeffrey, nós batemos mais nele, passamos aquela faca bonita nele — ele narrava com um tom de satisfação, podia quase vê-lo sorrindo — rasgamos bastante coisa e depois de bater mais um pouco até enjoar da cara dele o jogamos em um lago qualquer, ele afundou não se preocupe, eu e Hector verificamos.

Como ele consegue descrever tudo isso com essa calma tão grande? Eu estou começando a sentir muita culpa, não deveria ter tomado decisões na hora da raiva. Ele era só um garoto, tinha 17 anos e eu acabei com a vida dele.

— Céus...

Desliguei o celular e voltei para a sala, me sentei longe da minha esposa e esfreguei meus olhos respirando fundo.

O que eu fiz...

O Monstro Que Eu CrieiOnde histórias criam vida. Descubra agora