Continuation of the 6th of January
Timothy Ray White
Depois de me espancar eles me colocaram no porta malas de um carro qualquer e dirigiram por horas até chegarmos no meio do nadaO sol tinha acabado de nascer e eu estava na ponta de uma grande pedra cercada por uma lagoa, mais uma vez, mais uma maldita lagoa.
Sem exitar eles me jogaram daquela altura, eu caí naquela lagoa de águas claras que ficaram avermelhados por conta do sangue.
Afundei e vi os quatro homens me olhando, garantindo que eu não iria voltar à superfície, lutei para me manter acordado e vi o momento que eles foram embora, para eles eu tinha morrido.
Esperei por um momento e em seguida voltei à superfície, busquei ar e fui nadando em direção ao outro lado do lago, nadei com as poucas forças que me restavam e cheguei lá depois de um longo tempo.
O lago acabava dentro de um bosque, me arrastei por lá até encontrar um chalé aparentemente abandonado, ao tentar entrar ainda me arrastando um velho abriu a porta e me olhou assustado, entendo a sua surpresa, eu era um morto vivo perambulando pelo bosque não era algo comum de se ver.
— O que fizeram contigo rapaz? — o homem perguntou tentando me levantar, ele me segurou com cuidado tentando não tocar nos múltiplos ferimentos abertos no meu corpo.
Ele então me levou para dentro de sua casa e me sentou em um lugar qualquer.
Não confiava nele, mas não tinha escolha já que não tinha controle do meu corpo, estava prestes a morrer a qualquer momento, então quando menos esperava apaguei.(De manhã no dia seguinte)
Hillary Ray White
Fui até a delegacia assim que acordei e para minha infelicidade não encontrei Timothy lá, uma recepcionista disse que eu deveria procurar Jeffrey, não sabia o que tinha acontecido mas já estava em prantos imaginando o pior— Não precisa chorar mamãe, ele está bem só foi transferido para uma outra delegacia, ele foi para um presídio — Jeffrey explicou vindo em minha direção
— Eu não sei o que você fez com ele, mas eu te juro Jeffrey, se você matou o meu neto e as autoridades acharem o corpo dele, eu vou te fazer morrer dentro da cadeia! — afirmei e Jeffrey olhou para o chão passando a mão na nuca, parecia envergonhado e preocupado
Ele estava nervoso e eu estava falando sério como nunca antes, eu faria de tudo para achar meu neto.
January 21th
Timothy Ray White
Abri meus olhos e conheci o lugar onde estava, passei minha vida toda "visitando" esse lugar.Era um hospital, eu estava deitado com vários curativos e talas por todo o meu corpo, recebia ar por uma borracha na entrada do meu nariz e me sentia estranhamente relaxado
Uma enfermeira que estava na sala me olhou assustada quando percebeu que eu estava a encarando e logo saiu correndo, minutos depois ela retornou com uma médica
— Olá rapaz, consegue falar? — a mulher parou ao meu lado segurando uma prancheta
— Acho que eles não quebraram minha mandíbula... — falei em tom cômico mas ambas mulheres que estavam na sala se assustaram mais ainda
— Eles quem?
Não parei para pensar, e se eles estiverem por perto? Acho que no lago eles não queriam que eu sobrevivesse
— Eu vou te fazer umas perguntas e você vai me responder. Que dia é hoje, em que lugar fica esse hospital e quem me trouxe aqui — voltei a falar e a médica arqueou as sobrancelhas com uma expressão de desdém
— Você não respondeu a minha pergunta, por que eu responderia a sua? — ela cruzou os braços
— Porque eu disse que você vai me responder, não te fiz uma pergunta, eu te dei uma ordem — ela engoliu seco e olhou para a enfermeira que olhava para o chão, era notório que estavam assustadas e desconfortáveis
— Hoje é dia 21 de fevereiro, quem te trouxe aqui foi um homem que morreu a 15 dias, ele morreu de uma doença que tinha a anos, uns parentes dele chamaram a polícia para retirar o corpo dele de casa e quando os policiais entraram você estava praticamente morto no sofá dele, foi então te trouxeram para cá já que na cidade onde você foi encontrado não tinha vagas para internação, estamos bem longe de lá. — a médica explicou
— Eu preciso ir embora — me mexi tentando tirar o oxigênio do meu nariz
— Não, você não vai enquanto não me responder umas perguntas — uma policial disse entrando na sala e parando em minha frente
Eu era minoria alí, não tive outra opção a não ser fazer o que ela queria.
Olhei para ela com ar de desprezo que me olhava tentando me intimidar, ela se sentou do meu lado com um certo cuidado em distância e começou a falar.
— Você está bastante machucado então vamos ser rápidos tudo bem?
— Melhor para nós dois. — respondi
— Quem foi que te bateu? Por qual motivo te deixariam nesse estado?
— Eles não queriam me deixar assim, era para eu estar morto.
— Eles quem? — ela me olhava com atenção
— Como vou te responder algo que não sei? Homens, vários me bateram, eu ainda não sei quem eram — a policial me olhou com um olhar curioso e chegou mais perto de mim
— Se eles descobrirem que você está vivo vão querer te matar, então me diga por que eles querem você morto? — ela tentou me intimidar em um tom mais baixo
Olhei para o emblema dela e vi um nome escrito, tornei a olhar em seus olhos de forma mais direta
— Você aparentemente demonstra ser uma policial honesta Janice
— E sou! — ela pontuou
— Se fosse saberia que esse tipo de coisa é errado, oprimir um paciente para conseguir respostas chega ser antiético — ela arregalou os olhos surpresa — Eu não sou um civil qualquer, eu sei o que eu posso e o que eu não posso dizer e quando devo ou não dizer, e para falar a verdade eu estou muito cansado e não tô muito afim de falar, então para o seu bem eu acho melhor parar por aqui. — ela continuou perplexa olhando para mim
— Eu quero te identificar, você não tem documentos e apareceu machucado assim de outra cidade, é um protocolo de segurança para nós mesmos. — ela respondeu sem graça
— Vocês não precisam saber sobre mim, e se você está preocupada com segurança as pessoas que fizeram isso comigo não oferecem riscos a vocês, desde que eles não venham a saber que eu estou vivo, se quiser ir na minha cidade e dizer que eu estou aqui a escolha é toda sua, mas saiba que as coisas que vão acontecer posteriormente também vão ser culpa sua. — ela abaixou a cabeça pensativa
Depois de um curto período de tempo pensando ela se levantou e me olhou cruzando os braços
— Tudo bem, já que diz que as pessoas que fizeram isso com você oferecem riscos me diga apenas seu primeiro nome, você precisa de uma identificação para permanecer aqui. — senti uma dor muito forte na lateral da minha cabeça, senti vários pensamentos misturados como se fossem mais de duas cabeças pensando e quando percebi já não estava mais sozinho
— Eu sou Callahan.
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O Monstro Que Eu Criei
HorrorTimothy foi um homem que na infância presenciou coisas que nenhuma criança deveria presenciar e cresceu com as consequências dos traumas causados principalmente por sua própria mãe. Ele então se torna um adulto cheios de conflitos internos e uma dup...